segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Foz do Iguaçu, com Cataratas e Itaipu; Puerto Iguazú, na Argentina.


Já estiveram numa fronteira de países? Que tal uma tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina? Ainda não fazem ideia de qual o destino de hoje? Acertou quem disse Foz do Iguaçu, com suas belas quedas de água do Rio Iguaçu e a maior hidroelétrica do planeta, que é Itaipu Binacional (administrada pelo Brasil e pelo Paraguai). A exemplo de Chicago, a minha estadia em Foz foi muito por acaso e para facilitar uma emissão complicada de passagem por milhas para Bariloche, que irei tratar numa outra postagem. Vamos começar um pouco então desse lugar com vistas fantásticas e naõ deixem de conferir o vídeo ao final dessa postagem, com mais dicas.
  
Chegada no Aeroporto de Foz do Iguaçu
Sempre falo que viajar requer disposição e vontade de explorar as coisas. Algumas cidades como Nova York, Paris, Buenos Aires e tantas outras é possível se conhecer com longas caminhadas, sem a necessidade de se alugar carros ou contratar pacotes turísticos e transfers. Essa dúvida eu tive ao chegar na região de Foz, sobre a locação ou não de um veículo. Na prática não foi preciso, quando no próprio aeroporto, conheci um dos taxistas credenciados, o Sr. Agostinho, que além de bastante educado e atencioso, cobrou R$ 100,00 (cem reais) pra fazer a travessia até o hotel em Puerto Iguazú, aonde estava hospedado e ainda sugeriu uma parada no caminho, no Parque Nacional das Cataratas, esperando a visita a uma das 7 Maravilhas da Natureza, pelo adicional de mais R$ 100,00 (cem reais), como toda a liberdade que um translado turístico não permite. Para quem quiser o contato dele, digam que leram esta postagem e viram o vídeo no meu canal do Youtube e entrem em contato no whatsaap: +55 45 9123-8152. Pessoa fantástica, de confiança e bastante atencioso.


A viagem começa no avião, se você escolher o lado certo e acertar o lado do vento, já é possível ver as quedas d´água pela janelinha. No meu caso, fiz tudo certo, mas o vendo soprou ao contrário e acabei sem ter a vista do alto. Para quem está se peguntando, o lado ideal é o direito da aeronave. No voo, conheci um casal de argentinos, que declararam que o lado brasileiro das Cataratas é superior ao lado deles, por ter uma visão mais panorâmica, enquanto que o lado de Puerto Iguazú, você fica mais próximo na famosa Garganta Del Diablo (apenas isto). A sugestão então é curtir o que o Brasil tem a oferecer, do nosso lado da fronteira, inclusive para conferir que não é por acaso que as Cataratas do Iguaçu são uma das 7 (sete) maravilhas da natureza. Apesar de já ter conhecido quando mais novo, não tive dúvidas e resolvi desbravar as trilhas do Parque Nacional em busca de visuais únicos. 



Último mirante das Cataratas
O ingresso de acesso ao parque custou cerca de R$ 40,00 (quarenta reais), mas tem o preço que varia, de acordo com a forma de passeio que você escolhe. No meu caso, não foi preciso a contratação do ônibus interno, que leva os turistas dentro do parque. A primeira dica e sugestão é se deslocar até o antigo hotel da Rede Tropical (que a empresa aérea Varig administrava), o único que está presente DENTRO do Parque Nacional das Cataratas e seguir na trilha de 1,1 quilômetros até as primeiras quedas de água. Depois disso, o visual irá melhorar cada vez mais, além de sentir um pouco de água caindo em vocês. Próximo a fronteira entre Brasil e Argentina, separadas apenas pelo Rio Iguaçu, é possível se molhar numa ponte por cima das Cataratas e sentir a energia do lugar. Para quem gosta de fotos, elas vão ficar espetaculares de qualquer ângulo, não há dúvidas. Para os amantes da natureza, é possível admirar a rica rica fauna e flora, como tucanos de bicos pretos pulando entre as árvores e os perigoso e bonitos quatis. Eles sempre estão em busca de comida, então cuidado se vocês estiverem comendo algo nas trilhas, eles podem atacar e roubar de suas mãos, e as vezes ferir, o que pode obrigar as pessoas a tomarem vacina contra a raiva (eles transmitem a doença).

O tempo foi curto e acabou não sendo possível fazer um passeio bastante interessante, que é o Macuco Safari (http://www.macucosafari.com.br/), aonde você tem uma experiência única nos barcos da empresa, que te levam até as quedas de água para tomar literalmente um banho. Como não foi possível desta vez, segui caminho até a fronteira e já na ponte, é visível a fronteira entre os dois Países, com as cores verde e amarelo do Brasil e azul e branco da Argentina. Uma dúvida que eu tinha era sobre o funcionamento da aduana e imigração dos dois Países, que é aberta por 24 (vinte e quatro) horas, basta você portar a sua identidade (RG) brasileira ou o passaporte, que foi a minha escolha, até para ter mais um carimbo registrado.

Localizada a 18 (dezoito) quilômetros das Cataratas, Puerto Iguazú tem uma população pequena, de cerca de 80.000 (oitenta mil) habitantes e tem uma grande variedade de programas noturnos, como cassinos, gastronomia argentina e italiana, além de um famoso bar de gelo local e boates. O mais curioso é uma feirinha que existe e fica aberta todos os dias até a meia noite. É possível commprar entre outras coisas, excelentes azeitonas recheadas de alho, tomate seco e calabresa. Nesta mesma feirinha, é possível comprar vinhos que são vendidos caro no Brasil, como um Rutini Malbec, por apenas R$ 55,00 (cinquenta e cinco reais). Apesar de bastante corrido, deu tempo de conhecer um restaurante, mas nada de Parrillada, foi uma trattoria bastante interessante, a Trattoria La Toscana (https://www.facebook.com/pages/Tratoria-La-Toscana/215038361883416), que ficava no anexo do hotel que me hospedei. A sugestão é pedir uma boa carne argentina, acompanhada de uma massa caseira e um vinho de uvas típicamente argentinas. Não seria um Malbec, mas um Bonarda! No meu caso, optei por um Trumpeter Bonarda, da vinícola Rutini.

Ainda me restava uma manhã na região de tríplice fronteira e deveria optar por conhecer Itaipu ou fazer compras no Paraguai e enfrentar o trânsito e risco de perder o voo na Ponte de Amizade, para Ciudad de Leste. Acabei optando em conhecer a maior hidroelétrica do planeta, que era Itaipu e contratei os serviços do Sr. Agostinho, que cobrou R$ 120,00 (cento e vinte reais) para levar na usina e na volta dar uma breve parada no hotel, para pegar a bagagem e deixar no aeroporto.

A exemplo do que acontece no Parque Nacional das Cataratas, existem diversas visitações para Itaipu e acabei escolhendo a mais básica e panorâmica (que tem alguma paradas para fotos e conhecer mais de perto) e que dura cerca de 2 (duas) horas. Custou cerca de R$ 35,00 (trinta e cinco) reais e está incluso o deslocamento num ônibus da própria empresa. No tour, o guia explica a história e funcionamento de toda a usina, que para quem não sabia,  é uma das 7 (sete) maravilhas do Mundo da Engenharia, além de ser a MAIOR usina hidroelétrica do Mundo.

Um dos cartões postais de Itaipu
Algumas curiosidades que talvez POUCOS possam conhecer, é que o nome “Itaipu”, vem do tupi-guarani “pedra que canta”, além de não estar localizada no Rio Iguaçu, como as Cataratas, mas no Rio PARANÁ. Outro dado importante é que ela é administrada pelo Brasil e pelo Paraguai, além de alimentar cerca de 85% (oitenta e cinco por cento) da energia paraguaia e 15% (quinze por cento) da energia brasileira. Os dois países possuem a mesma participação na entidade “Itaipu Binacional” – A Eletrobrás (responsável pela energia no Brasil) possui 50 % (cinquenta por cento) e a ANDE (Administração Nacional de Eletricidade Paraguaia) também tem os seus 50%.

Você deve estar se perguntando o que torna a usina hidroelétrica tão grande e considerada a maior do planeta, não é mesmo? Para se ter uma ideia, para a sua construção foram usados 40.000 (quarenta mil) trabalhadores diretos, além de ter sido usado mais de 12.000.000 (doze milhões) metros cúbicos de concreto, que seria mais ou menos cerca de 210 (duzentos e dez) estádios do Maracanã, além de uma quantidade e ferro que daria para construir cerca de 380 (trezentos e oitenta) Torres Eiffel. Achou pouco? Numa breve comparação que fazem por lá com o a construção do Eurotúnel (que liga a França ao Reino Unido), foi usada uma quantidade de concreto 15 (quinze) vezes maior, além de um volume de escavação 8 (oito) vezes maior. Isso são dados que apenas demonstram a grandiosidade desta obra, que é preciso vivenciar e visitar para poder se comprovar e faz parte do nosso Brasil.

Como de costume, fiz também um vídeo com dicas de Foz do Iguaçu e Puerto Iguazu e já está no ar no meu canal do youtube. Aproveitem para se inscrever e me seguir também no instagram e no snapchat (basta procurar por ticobrazileiro nos dois):