quarta-feira, 10 de setembro de 2008

COMO SER FELIZ NUM MUNDO COMPETITIVO?

Quem somos nós? Para aonde vamos? Diversas perguntas que cessam ao encararmos o fato de que a personalidade de cada indivíduo está intimamente ligado àquela cultura ou, se preferir, sociedade que ele encontra-se inserido. Tudo bem, não se pode esquecer de toda a vivência no plano terrestre, o que chamamos de experiência de vida. Vivemos num mundo em que o melhor vence ou tem sempre as atenções voltadas, daí surgindo famosos inimigos da felicidade humana: a pressão e insegurança.
Pois é... viver no capitalismo não é fácil, pois quase sempre a gente nunca consegue se satisfazer por completo, sempre falta algo. Seja desde o desejo ao consumo cada vez maior. Sabem aquela tese? "Ser bom não basta... tem que ter um diferencial..." pois é! Devemos acima de tudo estarmos em paz e satisfeitos com nós mesmos, entretanto sempre parece existir uma imperfeição ou algo a ser corrigido.
Disputas são talvez a melhor maneira para se ilustrar isto. É incrível como ninguém de forma geral se contenta com o quase. A luta, a garra e a vontade de vencer de nada adiantam, quando as glórias da vitória não chegam. Então, o espírito guerreiro acaba cedendo lugar às lamentações e tristeza. Na verdade, nem sempre conseguimos tudo que queremos, e nem por isto somos mais ou menos. Nestes casos, cabe a cada um se aprimorar e confiar no próprio potencial.
Na verdade, em um mundo tão competitivo, as pessoas acabam reduzidas a alguns estigmas, uma forma de reduzir a personalidade de cada um e apenas associar seja a algo que gostem, vistam ou crêem, ou por algumas atitudes em alguns momentos da vida. E isto de certo modo é compreensível porque o indivíduo, ao abraçar causas, ou se apegar em algumas coisas, acaba encontrando uma forma de firmar a sua própria identidade e criando uma falsa idéia de felicidade, mesmo que momentânea.
A verdade é que num mundo cheio de problemas, competitivo e cheio de confusões, as pessoas acreditam muitas vezes ser mais cômodo não criar uma expectativa de algo, se fazer de vítima da situação ou evitar a felicidade extrema, com medo de sentir o oposto logo depois.

Ora, quando nos contentamos com algo medíocre, automaticamente perdemos a motivação, bem como o que só valoriza o que está acima nunca se tornará satisfeito. Um exemplo é um jovem quando ganha algo que esperava e ficar muito feliz, mas se esperava ganhar uma coisa diferente, ter uma reação de tristeza. O contexto é essencial para tudo, inclusive para a felicidade, bem como a forma que o jovem em questão se acostumou a ver as coisas.
No decorrer de nossas vidas, acabamos agindo de forma ridícula em alguns momentos. Temos algo maravilhoso e nunca damos valor, a não ser no momento que percebemos que aquilo ou aquela pessoa irá sumir. Isto acontece para coisas e pessoas, quando o sentimento de culpa aparece quando uma estranha sensação de não ter dado a devida importância àquilo. O certo é que ninguém deve se prender apenas a algo em específico, limitando-se a reviver de forma constante. Ilustrando melhor, há casais que brigam e se separam, ficando apenas com aquelas recordações dos problemas ou dos motivos que deram razão ao rompimento amoroso. Volto a uma questão... Por que não ser feliz e lembrar dos bons momentos? Relacionamentos são resumidos episódios curtos e isolados, muitas vezes sem valor algum!

De fato, não temos como controlar o que deve ser ou não esquecido, a dificuldade se dá na escolha que queremos manter viva na memória. Quando tentamos enxergar o lado positivo das situações, sejam atuais ou passadas, buscamos indiretamente a felicidade. Agora, apenas conseguir visualizar motivos que ensejem aborrecimentos e tristeza, nunca alguém conseguirá sorrir. O importante é ter a certeza que a felicidade é a meta de todos e ter a certeza de atribuir a um determinado fato, seja ele isolado ou não, a sua devida relevância, é fator determinante para a paz de espírito de cada um.

2 comentários:

Raphaela disse...

Concordo que o atual contexto dificulta a sensação de felicidade, a satisfação dos indivíduos. O que, muitas vezes, acontece é que não somos ensinados desde pequenos a contemplar e valorizar os bons momentos. Recebemos um elogio e, logo após, esse é esquecido porque são destacados e revividos os pontos negativos e os erros que cometemos. Mas como crescemos e somos capazes de adaptar o nosso comportamento e de reavaliar nossas atitudes, é possível sim aprender a viver e experienciar por completo a sensação de felicidade. Basta querer e treinar muito!
Lembrar de bons momentos é essencial para viver bem, concordo! Além disso, é o que nos faz seguir adiante e pensar que podemos ser ainda muito mais felizes, que existem oportunidades, que haverá novos momentos melhores dos que os já vividos.
Ser feliz está além de uma meta a ser alcançada...corresponde à valorização daquilo que temos, que aprendemos, que vivemos...é se valorizar e acreditar que é merecido ser feliz a cada dia.

Rapha

Unknown disse...

A grande diapasão é que na sociedade a qual vivemos, cada vez mais incentivasse uma cultura consumista e de busca incessante a satisfação instântanea dos prazeres e desejos. Onde leva a um contexto que acaba por modificar valores e conceitos que antes eram soldificados e permeados de pais para filhos. Hoje muitos valores modificaram, alguns bons, especialmete para nós mulheres, mas outros, não deveriam ser esquecidos e nem mudados. Como por exemplo, o respeito ao próximo e amor a familia são alguns dos valores que não deveriam ser deixados de lado.
Na minha opinião, é imprescíndivel termos fincados em nossa personalidade certos valores, e estes são a base e o início para que possamos encontrar a felicidade. Desta maneira, torna-se mais fácil compreender e discernir as intempérias da vida e não se deixar levar por desejos efêmeros, a qual a cultura de massa acaba por nos insuflar.
Nossas crenças sejam elas religiosas ou culturais, ou mesmo aquelas passados de nossos pais são os pilares de uma grande estrutura que a cada dia é construído e solidificado, que a vida. E cabe então, a nós interpretarmos o real valor de cada momento vivido, porque mesmo nos momentos tristes e angustiados sempre temos algo a aprender ou a ensinar, e nos alegres e felizes a se permitir a amar e ser amado, receber e se doar. Sim, a vida é uma dádiva a ser agradecida e vivida intensamente.

Raquel Martins