segunda-feira, 25 de março de 2013

Melbourne - Capital Cultural da Austrália


Maior e mais movimentado porto australiano, Melbourne é uma das cidades de melhor qualidade de vida do planeta e encanta não apenas pela sua cultura (ela é considerada a capital cultural da Austrália), gastronomia, moda e desporto, mas por toda sua história. O crescimento da cidade começou por volta de 1850, com a procura ao ouro e em outro momento, com o término da 2ª Guerra Mundial, aonde o governo local facilitou a imigração de europeus e asiáticos, dando-lhes alguns incentivos. Vale ressaltar que Melbourne é uma referência no campo dos esportes, aonde já recebeu uma Olimpíada em 1956, além de anualmente receber a maior categoria do automobilismo mundial, a Fórmula 1, no Albert Park e ser palco de um dos Grands Slams da ATP, com o Australian Open.

No final de Fevereiro de 2011, tive a oportunidade de conhecer um pouco mais desta cidade incrível. Minha passagem por Melbourne foi curta, inclusive não tive como fazer um dos passeios mais interessantes que é alugar um carro e ir em direção à estrada Great Ocean Road em direção aos Doze Apóstolos (doze rochas existentes na área que se formaram depois do fenômeno da erosão da costa da ilha pelo mar, além de ser o cartão postal do Estado de Victoria, no qual Melbourne é a capital). Minhas primeiras impressões sobre a cidade foi que ela lembra um pouco São Paulo. A comparação foi inevitável, pois seu clima é mais frio (mesmo no verão) e sua população mais formal, seja no modo de se vestir ou como trata as pessoas.

Federation Square.
Um dos primeiros lugares que visitei foi a Federation Square, com uma arquitetura moderna, ela é uma praça no coração da cidade. Por lá acontecem inúmeros eventos culturais o que acaba tornando um atrativo a mais para os turistas que ali chegam. Lá encontramos uma das grandes atrações da cidade, que é o Australian Centre for the Moving Image (ACMI), um museu do cinema aonde se conhece um pouco mais da história do cinema mundial, além de ser possível interagir com cenas de alguns sucessos de Hollywood, como entrar numa cena do filme Matrix. O passeio é imperdível, especialmente para os amantes do cinema. Ainda na praça, é possível encontrar diversos restaurantes interessantes, com destaque para o japonês Chocolate Buddha (http://chocolatebuddha.com.au/).

Estação Rodoviária ao fundo.
Ainda nas proximidades da Federation Square, é possível caminhar até a Flinders Street Station, que é a estação ferroviária da cidade, inspirada na de Bombai, na Índia. A história conta que o governo local fez uma espécie de competição de projetos em 1889, aonde apenas 17 (dezessete) foram para uma final. Os vencedores foram Fawcett & Ashworth apresentaram um projeto de estilo renascentista e com uma torre de relógio e uma cúpula sobre o telhado. Por conta deste relógio na entrada principal da estação, que já foi eleita a mais movimentada do mundo, criou-se uma expressão australiana: “I’ll meet you under the clocks” (Eu te encontrarei sob os relógios).

Melbourne possui uma boa infra-estrutura de transporte público, com um sistema integrado, que chamam por lá de Metlink e que foi inaugurado em meados do século 19, aonde os principais meios de transportes era os trens e bondes, que até hoje funcionam. O transporte pela cidade é feito pelas linhas de ônibus, metrô e os bondes elétricos (conhecidos por trams). Há um bonde gratuito que dá a volta no centro da cidade (Melbourne Central Bussiness District – CBD), aonde é possível pegá-lo de 15 (quinze) em 15 (quinze) minutos em determinados pontos, tornando-se possível passar por diversos locais da cidade, sem maiores problemas por ser um passeio direcionado ao turista. Aliás, esses bondes são um dos principais atrativos da cidade.

 Ruelas de Melbourne
Melbourne mais lembra um labirinto, por conta das várias ruelas escondidas com uma vasta opção que vão desde bares e pubs, ou até trattorias italianas, restaurantes de luxo e diversas lojas e butiques para se conferir um pouco da arte urbana da cidade. Esse é um passeio imperdível, por ser parte da cultura da cidade, além de serem vielas bastante animadas, seja curtindo a vida noturna ou degustando um pouco da culinária local.

Foto do Hot Toddy que experimentei.
Passeando nestas vielas, tive a oportunidade conhecer alguns lugares. Primeiro um almoço no restaurante The Quarter (http://www.thequarter.com.au/), que tinha como especialidade massas. Foi uma ótima oportunidade de experimentar um vinho australiano, o Willowglen (Shiraz/ Cabernet – safra 2009), que custou AU$ 60,00 (sessenta dólares australianos). A noite chegou e me encaminhei até um pub, aonde pude provar uma bebida exótica: o Hot Toddy, que é uma mistura de whisky, mel e suco de limão servidos quente, e que foi trazida pelos ingleses durante o período colonial. Para os curiosos e que querem tentar fazer em casa, segue um site com a receita: http://gnt.globo.com/receitas/Hot-Toddy-mistura-whisky-e-suco-de-limao--veja-a-receita.shtml.

Uma opção de programação noturna é o Crown Casino, que é um complexo que conta com cassino, hotel, shopping center, diversos restaurantes de alto nível, tornando ainda mais charmosa a estadia em Melbourne. Os restaurantes neste complexo, em sua maioria, estão virados para a cidade, que a noite fica toda iluminada. Um espetáculo de luz e cores. Essa pode ser a oportunidade ideal de se experimentar um dos melhores vinhos australianos, que são os Pinot Noir cultivados no Yarra Valley (menos de uma hora e meia de Melbourne, de carro). Aos que gostam de apostar, vale a pena viver um pouco dessa experiência nas roletas, blackjacks ou máquinas caça-níquel.

Agora a dica vai para todos aqueles que não conseguem viajar sem comprar. Melbourne possui um dos maiores centros de compra/ outlets da Austrália, o DFO (que também tem na Gold Coast e em Sydney). Não é preciso ir muito longe para chegar lá, afinal ele encontra-se dentro da cidade, num complexo de vários andares e diversas lojas de grife como Calvin Klein, Tommy Hilfiger, Abercrombie & Fitch, Hollister, Lacoste, Guess, Armani, entre outros. Mais informações é possível encontrar no site do próprio outlet em: http://www.dfo.com.au/southwharf/. Pelo tamanho, dá para se perder um bom tempo por lá. 

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