Maior e mais
movimentado porto australiano, Melbourne é uma das cidades de melhor qualidade
de vida do planeta e encanta não apenas pela sua cultura (ela é considerada a
capital cultural da Austrália), gastronomia, moda e desporto, mas por toda sua
história. O crescimento da cidade começou por volta de 1850, com a procura ao
ouro e em outro momento, com o término da 2ª Guerra Mundial, aonde o governo local
facilitou a imigração de europeus e asiáticos, dando-lhes alguns incentivos. Vale
ressaltar que Melbourne é uma referência no campo dos esportes, aonde já
recebeu uma Olimpíada em 1956, além de anualmente receber a maior categoria do
automobilismo mundial, a Fórmula 1, no Albert Park e ser palco de um dos Grands Slams da ATP, com o Australian Open.
No final de
Fevereiro de 2011, tive a oportunidade de conhecer um pouco mais desta cidade
incrível. Minha passagem por Melbourne foi curta, inclusive não tive como fazer
um dos passeios mais interessantes que é alugar um carro e ir em direção à
estrada Great Ocean Road em direção
aos Doze Apóstolos (doze rochas
existentes na área que se formaram depois do fenômeno da erosão da costa da
ilha pelo mar, além de ser o cartão postal do Estado de Victoria, no qual
Melbourne é a capital). Minhas
primeiras impressões sobre a cidade foi que ela lembra um pouco São Paulo. A
comparação foi inevitável, pois seu clima é mais frio (mesmo no verão) e sua
população mais formal, seja no modo de se vestir ou como trata as pessoas.
Federation Square. |
Um dos primeiros
lugares que visitei foi a Federation
Square, com uma arquitetura moderna, ela é uma praça no coração da cidade.
Por lá acontecem inúmeros eventos culturais o que acaba tornando um atrativo a
mais para os turistas que ali chegam. Lá encontramos uma das grandes atrações
da cidade, que é o Australian Centre for
the Moving Image (ACMI), um museu do cinema aonde se conhece um pouco mais
da história do cinema mundial, além de ser possível interagir com cenas de
alguns sucessos de Hollywood, como
entrar numa cena do filme Matrix. O
passeio é imperdível, especialmente para os amantes do cinema. Ainda na praça,
é possível encontrar diversos restaurantes interessantes, com destaque para o
japonês Chocolate Buddha (http://chocolatebuddha.com.au/).
Estação Rodoviária ao fundo. |
Ainda nas
proximidades da Federation Square, é
possível caminhar até a Flinders Street
Station, que é a estação ferroviária da cidade, inspirada na de Bombai, na
Índia. A história conta que o governo local fez uma espécie de competição de
projetos em 1889, aonde apenas 17 (dezessete) foram para uma final. Os
vencedores foram Fawcett & Ashworth apresentaram
um projeto de estilo renascentista e com uma torre de relógio e uma cúpula
sobre o telhado. Por conta deste relógio na entrada principal da estação, que
já foi eleita a mais movimentada do mundo, criou-se uma expressão australiana:
“I’ll meet you under the clocks” (Eu
te encontrarei sob os relógios).
Melbourne possui
uma boa infra-estrutura de transporte público, com um sistema integrado, que
chamam por lá de Metlink e que foi
inaugurado em meados do século 19, aonde os principais meios de transportes era
os trens e bondes, que até hoje funcionam. O transporte pela cidade é feito
pelas linhas de ônibus, metrô e os bondes elétricos (conhecidos por trams). Há um bonde gratuito que dá a
volta no centro da cidade (Melbourne
Central Bussiness District – CBD), aonde é possível pegá-lo de 15 (quinze)
em 15 (quinze) minutos em determinados pontos, tornando-se possível passar por
diversos locais da cidade, sem maiores problemas por ser um passeio direcionado
ao turista. Aliás, esses bondes são um dos principais atrativos da cidade.
Ruelas de Melbourne |
Melbourne mais
lembra um labirinto, por conta das várias ruelas escondidas com uma vasta opção
que vão desde bares e pubs, ou até trattorias italianas, restaurantes de
luxo e diversas lojas e butiques para se conferir um pouco da arte urbana da
cidade. Esse é um passeio imperdível, por ser parte da cultura da cidade, além
de serem vielas bastante animadas, seja curtindo a vida noturna ou degustando
um pouco da culinária local.
Foto do Hot Toddy que experimentei. |
Passeando nestas
vielas, tive a oportunidade conhecer alguns lugares. Primeiro um almoço no
restaurante The Quarter (http://www.thequarter.com.au/), que
tinha como especialidade massas. Foi uma ótima oportunidade de experimentar um
vinho australiano, o Willowglen (Shiraz/
Cabernet – safra 2009), que custou AU$ 60,00 (sessenta dólares australianos). A
noite chegou e me encaminhei até um pub, aonde
pude provar uma bebida exótica: o Hot
Toddy, que é uma mistura de whisky, mel e suco de limão servidos quente, e que
foi trazida pelos ingleses durante o período colonial. Para os curiosos e que
querem tentar fazer em casa, segue um site
com a receita: http://gnt.globo.com/receitas/Hot-Toddy-mistura-whisky-e-suco-de-limao--veja-a-receita.shtml.
Uma opção de
programação noturna é o Crown Casino, que
é um complexo que conta com cassino, hotel, shopping center, diversos
restaurantes de alto nível, tornando ainda mais charmosa a estadia em
Melbourne. Os restaurantes neste complexo, em sua maioria, estão virados para a
cidade, que a noite fica toda iluminada. Um espetáculo de luz e cores. Essa
pode ser a oportunidade ideal de se experimentar um dos melhores vinhos
australianos, que são os Pinot Noir cultivados
no Yarra Valley (menos de uma hora e
meia de Melbourne, de carro). Aos que gostam de apostar, vale a pena viver um
pouco dessa experiência nas roletas, blackjacks
ou máquinas caça-níquel.
Agora a dica vai
para todos aqueles que não conseguem viajar sem comprar. Melbourne possui um
dos maiores centros de compra/ outlets da
Austrália, o DFO (que também tem na Gold
Coast e em Sydney). Não é preciso
ir muito longe para chegar lá, afinal ele encontra-se dentro da cidade, num
complexo de vários andares e diversas lojas de grife como Calvin Klein, Tommy Hilfiger, Abercrombie & Fitch, Hollister,
Lacoste, Guess, Armani, entre outros. Mais informações é possível encontrar
no site do próprio outlet em: http://www.dfo.com.au/southwharf/.
Pelo tamanho, dá para se perder um bom tempo por lá.