Por volta de
agosto de 1519, os navegadores espanhóis chegaram a uma terra que tinha de um
lado o Oceano Pacífico e do outro o Oceano Atlântico, fundando assim a Cidade
do Panamá. O nome dado significa “lugar com abundância de peixes e borboletas”.
Alguns anos depois, o pirata Henry Morgan invadiu a cidade em busca de ouro,
além de assaltar e destruir grande parte dela, aonde fica hoje sítio
Arqueológico do Panamá Viejo. Com o tempo a cidade se reergueu e foi
reconstruída no atual centro histórico. No início do século XX, a região do
Panamá e Colômbia, era uma região única e com sua separação por volta de 1903,
os americanos construíram o famoso Canal do Panamá, que movimenta a economia do
País até hoje.
Aguardando no Aeroporto Tocúmen.
Em geral, as
pessoas chegam ao Panamá, por via aérea no seu aeroporto internacional Tocúmen,
nos diversos voos da empresa Copa Airlines (www.copaair.com).
A primeira preocupação ao desembarcar é fazer o câmbio, o que é desnecessário
se você está de posse de alguns dólares. A moeda oficial é a norte-americana,
portanto previna-se. A saída do terminal para a cidade pode ser feita por
carros alugados e reservados previamente (para garantir uma tarifa
interessante), por táxis, que custa cerca de US$ 30,00 a US$ 35,00 até a região
dos hotéis ou de ônibus, que é uma viagem de cerca de 30 a 40 minutos, ao preço
de US$ 0,25. Também existem os serviços de vans, que pode ser uma opção
interessante, quando se está num grupo maior.
Para os que
gostam de conforto, a Cidade do Panamá tem uma ampla rede hoteleira e com
tarifas espetaculares, inclusive hotéis de 05 (cinco) estrelas. Um grande exemplo
e também dica, é o Hard Rock Café Megapolis (http://www.hrhpanamamegapolis.com/),
que possui quartos amplos e bastante confortáveis, além de um café da manhã
muito bom. A cortesia no atendimento é percebida no check-in, no qual os
funcionários do hotel dão boas vindas, oferecendo ao hóspede um crédito de US$
20,00 por quarto para ser consumido a cada noite de estadia em qualquer um dos
bares/ lounges do hotel, com exceção das boates. Aliás, o Hard Rock possui uma
variedade de restaurantes, pubs e baladas noturnas (inclusive as melhores do
Panamá).
Ruínas do Panamá Viejo
Começando o
passeio, a primeira parada é o Panamá
Viejo, local da fundação da cidade por volta de 1520. Em meados
de 2003, a UNESCO declarou esta região da cidade, como Patrimônio da Humanidade.
Sem dúvidas é uma parada essencial para se conhecer um pouco mais das origens
da Cidade do Panamá. As entradas custam cerca de US$ 3,00.
Uma infeliz sequencia
de ameaças piratas e indígenas, além de terremotos e incêndios, reduziram a
região a algumas ruínas. Para completar, o pirata Morgan destruiu o que restou,
obrigando a cidade a ser reconstruída em outro local. O primeiro fato
catastrófico foi o terremoto, que vitimou várias pessoas, além de ter causado
diversos danos estruturais. Após isso, a cidade vinha crescendo e antes do
grande incêndio, já possuía mais que 5 mil (cinco mil) habitantes, que
testemunharam a cidade arder em chamas e destruir diversas casas e edifícios religiosos,
inclusive a Catedral de Nuestra Señora de la Asunción, que faz parte das ruínas deste sítio arqueológico
Eclusa de Miraflores.
A maior atração turística
e econômica do País é sem dúvidas o Canal do Panamá, além de ser uma obra
bastante importante para engenharia contemporânea. Na eclusa de Miraflores, é possível conhecer um pouco
mais da história da construção das diversas eclusas, bem como todo o
funcionamento do canal, em um filme que é em inglês ou espanhol. No vídeo, é
mostrada inclusive a tentativa frustrada dos franceses na construção deste
empreendimento, até o sucesso quando os americanos assumiram a obra. Acompanhar
a passagem de uma embarcação e ver o funcionamento do canal é o que todos
desejam para isto é importante se informar no hotel sobre a passagem desses navios,
que se dá nos começos da manhã ou tarde. Caso não queira perguntar, é possível
acompanhar em tempo real a passagem dos navios pelo site: http://seacruisechat.com/. Lembrando que nunca é garantida a passagem
desses navios naquele horário de visita, sendo também necessário um pouco de
sorte para acompanhar isto acontecer. Infelizmente, é quase impossível achar um
local confortável para acompanhar a travessia dos barcos, pois há uma grande
concentração de curiosos e admiradores, que atrapalha um pouco. Para os que
gostam de se programar e fazer as contas, o preço desse tour, incluindo filme,
deck de observação e museu, custa US$ 15,00 (quinze dólares), mas pode ser um
valor mais elevado, no caso de se reservar um transfer in/ out direto do hotel.
Arquitetura do Casco Antiguo.
Não muito longe
dali, todos os caminhos levam ao Casco
Antiguo. Além de ser um dos lugares mais tradicionais da Cidade do Panamá, é
local da segunda fundação da cidade após a destruição total em 1671, do Panamá
Viejo. Já na Avenida Central, em suas ruas de pedra, encontramos um restaurante
de comidas e danças típicas panamenhas, que é o Diablicos (http://panamadiablicos.com/). A sugestão
é pedir um prato bastante saboroso e popular, que é a Corvina al ajillo (peixe local com alho). Para os que esperam um
ambiente bastante típico, com espetáculos folclóricos ao vivo, este é o lugar
ideal. Há também outras opções de restaurantes, como o Casablanca (http://www.restaurantecasablancapanama.com/),
localizado na Plaza Bolívar e que tem acomodações tanto no prédio histórico, como
na rua. O melhor é sentir um pouco da atmosfera do lugar e o ir e vir das
pessoas, que por ali se encantam com as belezas desse bairro histórico. Além
disto, existem diversas lojas de artesanatos, aonde é possível escolher entre
os vários modelos do famoso chapéu Panamá, que na verdade é feito no Equador e
tem esse nome porque o presidente americano Theodore Roosevelt usou em uma das
visitas ao canal do Panamá, devido ao forte calor da região.
Ainda no Casco Antiguo, encontramos as Bóvedas da
Plaza Francia. Conta a história que durante o século XVIII, as muralhas que ali
existem, formando quase uma fortaleza, eram parte de um sistema de defesa da
cidade, além de funcionar uma prisão também. Entretanto, este local é rodeado
de bares, restaurantes, exposições e feirinhas populares, aonde é possível
adquirir alguns produtos locais, como artesanatos. Para quem gosta de curtir a
viagem, a dica fica por escolher um dos bares, tomar uma cerveja Balboa
(tipicamente panamenha) e descansar um pouco até o próximo passeio na Cidade do
Panamá.
"Dubai das Américas".
Um dos lugares
mais agradáveis é a Calzada Amador, que
é uma via que passa por quatro ilhotas do lado do Oceano Pacífico, formando um
pequeno arquipélago (ilhas de Naos, Perico, Culebra e Flamengo). No período da
construção do Canal do Panamá, a região fazia parte do exército americano e era
chamado de Forte Amador, para proteger a entrada no canal. O local é rodeado por
alguns clubes, restaurantes, marinas (é possível ver diversos barcos, Jet-skis
e lanchas), além de uma vista fantástica da Cidade do Panamá. Aliás, é com esta
bela visão que é possível entender porque o a cidade é conhecida como a “Dubai
das Américas”. O local também é ótimo para quem gosta de fazer exercícios
físicos, como andar de bicicleta, corridas ou apenas fazer atividades ao ar
livre.
Gostou das
dicas? A Cidade do Panamá tem muito mais a oferecer, mas confira um pouco mais
desta viagem no vídeo que eu produzi e está disponível em meu canal do YouTube
(www.youtube.com/ticoso). Basta
clicar no vídeo abaixo: