Nunca tinha ido em qualquer lugar da região Norte
do País e quando apareceu a oportunidade de conhecer Belém no feriado de 12 de
Outubro deste ano de 2015, não tive dúvidas. Para completar a cidade estava em
festa, com a festa religiosa de comemoração ao Círio de Nazaré. Oportunidade
bastante interessante para se conhecer o portal de entrada da Amazônia e um
pouco mais da cultura local, que acreditem, é completamente diferente de tudo
que eu já tinha visto na vida.
Por morar no Recife, não existem voos diretos para
Belém, ainda. O jeito foi pegar uma conexão em Brasília, a capital federal do
Brasil e seguir por mais duas horas e dez minutos para a capital paraense. O
problema é que o tempo por lá não estava dos melhores e na chegada e quase
pouso, o avião teve de arremeter por conta de uma combinação de fatores que
geraram insegurança que foi a chuva (que deixa a pista do aeroporto bastante
escorregadia) e um blackout, que culminou com o desligamento das luzes da pista
do aeródromo local.
Passado o susto e finalmente em solo de Belém, já
fui me familiarizando com alguns termos desconhecidos até então para mim. No
hotel pedi um suco, e uma das opções oferecidas foi o de “taperabá”, que
obviamente não sabia do que se tratava, até entender que era apenas um suco de
cajá. Pois é... ao longo desta postagem, com certeza algumas coisas novas serão
ditas e relatadas.
Passeio do Círio Fluvial |
O primeiro dia foi no Círio fluvial, que passa
todos os anos nos noticiários. Comprei uma camisa-ingresso para um navio e ele
seguia pelas margens da Baía de Guarajá rumo a orla de Icoaraci, aonde a santa
iria ser embarcada num navio da marinha e seguir de volta para a Estação das
Docas, ponto de partida de todas as embarcações. Uma curiosidade é que neste
barco/ navio que eu estava, cabem cerca de
2.500 (duas mil e quinhentas
pessoas) e ele faz a rota de Belém para Manaus em longos 5 (cinco) dias. Dentro
dele, um show de danças paraenses como o famoso “Carimbó”, além de muitas
pessoas, comida, bebida e água, claro. O trajeto durou cerca de 3 (três) a 4
(quatro) horas e teve seu ápice quando os barcos, quase que se tocando,
acompanhavam bem devagar a imagem da Santa no barco da Marinha. Sem dúvidas uma
grande demonstração de fé de todos que ali estavam. Uma outra curiosidade, é
que o Círio tem as mesmas dimensões da festa de Natal, vocês acreditam? Tanto
é, que é natural e normal você desejar um “feliz Círio” para todos eles, além
de TUDO parar na cidade para essas comemorações.Estação das Docas, em Belém. |
Ao desembarcar, aproveitei para conhecer um pouco
mais das Estações das Docas, que foi inspirada em Puerto Madero, na Argentina e
sinceramente não fica devendo nada àquela área da cidade portenha. Vários bares
e restaurantes são encontrados, além de shows ao vivo dentro de algumas docas.
Eu destaco o meu preferido que é a Amazon
Beer (http://amazonbeer.com.br/),
que são cervejas artesanais fantásticas. Como todos sabem, Belém é a terra do
Açaí, e antes de ir para lá já descobri que eles tinham uma cerveja bastante
PREMIADA feita com essa iguaria local. Não tive dúvidas e fui degustar! O
resultado? Tive que trazer para casa algumas long necks dessa cerveja, que é
muito boa! Também aproveitem para experimentar outros tipos, como as de Bacuri e Taperebá, que vocês já sabem o que é! O legal mesmo é aproveitar
bem e com calma a estadia na Estação das Docas, lá tem um pôr do sol único,
além de ferver durante a noite.
Amazon Beer, ótima cerveja artesanal |
Não muito longe dali, na verdade ao lado,
encontramos o complexo do Mercado Ver-o-Peso, que é a maior feira ao ar livre na
América Latina e que possui diversas frutas e iguarias da região. Para quem
gosta de pimenta, comprem Pimenta no
Tucupi e levem para suas residências, isso só é possível encontrar por lá!
Por lá, é possível inclusive ver como vem a famosa castanha do Pará, dentro do
seu “ouriço” e ver em tempo real como se tira e descasca. O problema e ponto
negativo do mercado, é a insegurança. Por ser bastante movimentado e aberto
para todo o público, são vários os casos de furtos e roubos lá dentro. A
sugestão é saber o horário de ida e ainda assim, ficar bastante antenado para
evitar situações desagradáveis ou passar algum tipo de aperto.
Mirante do Mangal das Garças |
No dia seguinte, o ideal é reservar um tempo até as
margens do Rio Guamá, no Mangal das Garças, que fica próximo ao centro histórico
da capital paraense. Para quem gosta de natureza e ambiente extremamente
ecológico, há um parque com mirantes, que mostra um pouco da vegetação nativa,
lago central e artificiais, além de algumas garças circulando entre as
pessoas. E ainda tem um adicional a tudo isto, que é um restaurante bastante
importante e agradável, que é o Manjar
das Garças (www.manjardasgarcas.com.br/cardapio/cardapio.html),
que é repleto de comidas típicas como “Pato no Tucupi”, “Tacacá”, Maniçoba,
além de várias carnes e peixes, como “filhote ao molho de castanha do Pará”. No
restaurante, há a opção de se comer um buffet livre por cerca de R$ 85,00
(oitenta e cinco) reais. O atendimento e a comida são ótimas, vale bastante a
pena. Ao final deste passeio, a pedida é se dirigir até a torre que fica dentro
o Parque Mangal das garças e ver toda a cidade de Belém do alto, ou parte dela.
O dia seguinte foi uma tentativa frustrada de
conhecer um pouco mais da cidade, como a famosa Casa das Onze Janelas, a Catedral
Metropolitana e o Forte Presépio, que
estavam TODOS fechados por conta do dia do Círio de Nazaré. Isso foi de fato
impressionante, pois até os shoppings centers e a Estação das Docas fecharam,
até as 16:00 por conta disto. Para se ter idéia, NENHUM restaurante da cidade
estava aberto sequer, mesmo com turistas em Belém, algo que deveria ser revisto
pelo Governo Estadual e Municipal da cidade, apesar de ser algo bastante
cultural da cidade. De toda forma, soube que na Casa das Onze Janelas, há um complexo de bares e restaurantes
bastante agradáveis e que ficará para um próximo retorno em Belém, desta vez
sem ser no Círio de Nazaré.
Como de costume, fiz um vídeo mostrando um pouco
mais desta viagem/ passeio e já está online no meu canal do youtube. Aliás, se
você ainda não se inscreveu nele, o que está esperando? Vai lá no meu canal (www.youtube.com/ticoso) e além de
curtir e assistir os vídeos, se inscreva para receber todas as atualizações,
sempre. Agora, embarquem comigo e venham conhecer um pouco mais de Belém, a
porta de entrada da Amazônia, clicando no vídeo abaixo:
Não deixem de me seguir no instagram (@ticobrazileiro) e snapchat (ticobrazileiro) para acompanhar as dicas dos próximos destinos, em tempo real.