Tem um ditado que diz que no Brasil, o ano só
começa ao final do carnaval. Para mim, o ano só começa na primeira viagem, de
preferência para fora do País e que coincide com este período de festa no País.
Sem dúvidas entendo ser uma época tranquila para TODOS poderem aproveitar e
esticar mais um pouco do feriado, considerando que dá para viajar numa sexta
feira, ou até quinta feira a noite e voltar no outro Domingo. E não foi
diferente neste início de 2016! Viajei para a Colombia e irei contar a partir
de agora como foi o meu voo entre São Paulo e Bogotá, nas asas da Avianca
Internacional, que é completamente diferente da brasileira, apesar de terem o
mesmo esquema de pintura em seus aviões e participarem da mesma aliança, a Star Alliance.
Chegando ao Aeroporto Internacional de São
Paulo/ Guarulhos, me dirigi ao check in da
Avianca, no terminal 2, que achei péssimo. O novíssimo terminal 3 deveria ser
padronizado para TODOS os voos internacionais, por terem as melhores salas
VIPS, incluindo a da Star Alliance, que atenderia os clientes da empresa
colombiana, no caso.
De volta ao check
in, os funcionários são bastante solícitos e bem treinados, além de
rápidos. Lembram postagens anteriores de como conseguir upgrades em algumas empresas/ alianças? Eu resolvi testar o meu
cartão Diamond da Avianca/ Star Alliance GOLD para conseguir um upgrade para a classe executiva neste
trecho entre São Paulo e Bogotá, já que minha passagem de ida era na econômica.
O atendente me colocou na lista de espera e só iria saber se ganhei ou não o
benefício minutos antes de embarcar.
A rigor, não tenho nada a reclamar da Avianca
no atendimento! Minha única crítica vai pelo uso do terminal 2, que é péssimo
no quesito salas vip e duty free. A empresa utiliza para quem é cliente elite
ou viaja na classe executiva, a péssima sala da Pro Air. Na verdade, a sensação
é que ela é um puxadinho e que colocam algumas coisas para chamar de “vip lounge”.
Como eu tenho acesso à sala do Smiles, que ficava na frente, não tive dúvidas e
fui para lá. Que fique registrado aqui a minha sugestão para que TODOS OS VOOS
INTERNACIONAIS em Guarulhos sejam operados no terminal 3, aonde tem uma
estrutura bem melhor do que a do antigo terminal 2.
Me aproximei do portão de embarque, para saber
do meu upgrade e para a minha surpresa, tudo se processou muito rápido e eu já não
estava mais na lista dos passageiros da classe econômica. Com a confirmação,
era só checar o modelo do avião usado e embarcar. Apenas para explicar, muitas
vezes eu compro passagens de acordo com o modelo da aeronave operada na rota,
por ser maior ou não. Há algumas classes executivas que não valem o
investimento alto, por ser muito aquém do desejável. De toda forma, fica aqui
meus agradecimentos a Avianca Internacional e principalmente a rapidez no upgrade de última hora, antes do
embarque.
O embarque foi como o normal, iniciando pelas
prioridades, que neste momento eu tinha dois tipos, uma por ser Star Alliance
GOLD e outra por estar voando na bussiness.
E mesmo não voando com tanto conforto, eu faço questão de usar estes
benefícios de entrar primeiro, tendo em vista que algumas vezes as pessoas “roubam”
o seu espaço para colocar sua bagagem de mão e você passa por dificuldades na
hora do desembarque, chegando a ser o ÚLTIMO a sair do avião algumas vezes!
Como já aconteceu em um voo para Buenos Aires, no passado, hoje sou até muito
metódico em aeroportos na hora do embarque.
O avião era um Airbus A330 usado por várias
empresas nas rotas do Brasil para o Mundo, como a TAP, TAM e Azul. Era um
modelo novo, um dos primeiros recebidos pela empresa (N280AV) e com esquema de
pintura da Star Alliance, todo em
branco, com o leme preto. A disposição da classe executiva não era como eu
esperava, em “espinha de peixe”, aonde todos os passageiros teriam acesso ao
corredor. Era ainda no padrão mais antigo, usado por várias empresas até hoje,
aonde quem estava sentado nas janelas (meu caso), teria de passar por cima da
pessoa ao lado para ir ao banheiro ou caminhar dentro do avião. A Avianca tem
esse padrão mais moderno de “espinha de peixe” em dois Airbuses A330 da frota,
mais novos e em todos os novíssimos Boeing 787, que faziam essa rota alguns
meses atrás.
Antes da decolagem, que estava prevista para as
09:30 da manhã, foram servidos os famosos “welcome
drinks” e que por conta do horário, não era espumante/ champanhe e sim, sucos
de laranja ou água. Claro que não poderia faltar as famosas toalhas quentes e
úmidas, para lavar as mãos antes da decolagem. Partimos do Brasil com destino a
Colombia dentro do horário previsto e num céu de brigadeiro, sem turbulências.
Pouco tempo de atingir altitude de cruzeiro, começou
o serviço de bordo e a oportunidade de conhecer um pouco mais dos serviços
oferecidos pela empresa colombiana. Por conta do horário, era um café da manhã,
que acabei escolhendo a opção de omelete recheada de presunto e queijo,
acompanhada de algumas batatas recheadas, salsichão de frango, croissant e
frutas tropicais, como mamão, melão e kiwi. Ainda tinha opções de geleias,
manteigas e sucos de laranja, além de café tipicamente colombiano, das
plantações dos donos da Avianca, nada de Juan
Valdéz.
Algumas poltronas estavam com defeito/ falha
para reclinar e virar a cama, mas isso foi explicado pela tripulação, caso aconteça
com vocês, pessoal! O pessoal de solo da empresa tinha confirmado apenas 10
(dez) pessoas na classe executiva e isso acontece para se preparar alimentação
e o serviço, em todas as empresas do Mundo. Como ela foi com um pouco mais do
que o esperado, alguns assentos não tinham sido testados, gerando justamente a
existência de alguns com defeito. Mas, isso não foi problema! Pedi para trocar
com uma passageira e tudo e resolveu.
O último serviço aconteceu antes do pouso em
Bogotá, que serviram outro prato. Para uns passageiros era uma espécie de
massa, com molho branco/ de queijo e para mim, acabou sendo um sanduíche
bastante generoso e bem servido. Talvez pelo horário de pouso na capital colombiana
ser quase na hora do almoço (12:30 P.M). De resto, o voo foi tranquilo e com
uma pequena e tradicional turbulência ao passar pela floresta amazônica.
O pouso foi tranquilo e o voo teve duração
total de 5 (cinco) horas e 30 (trinta) minutos, tocando o solo do Aeroporto El
Dorado antes do horário previsto. O desembarque foi rápido e aquela coisa de “prioridade
na bagagem” funciona muito bem na Colômbia. As malas chegaram antes do que a
dos outros passageiros, o que agilizou a saída do aeroporto.
Dessa vez pude fazer uma comparação direta com
a concorrência, que são as empresas do Grupo Latam (LAN e TAM). Já voei na
executiva das duas e agora na da Avianca e posso falar que é muito similar o
produto oferecido nos voos do Brasil para a América do Sul (Santiago do Chile e
Bogotá). Eu diria até que a TAM até anos atrás tinha um serviço INFERIOR, mesmo
utilizando aviões melhores, como os Boeing 777 na rota para Santiago. A empresa
colombiana faz jus a ser tão tradicional no continente e sem dúvidas é uma
ÓTIMA opção para se viajar até Bogotá.