Hoje é dia de
mais uma postagem retroativa. O destino de hoje é uma das principais cidades do
continente africano e a maior da África do Sul. Estou falando de Johanesburgo,
que historicamente era um assentamento de mineradores, que teve uma invasão
europeia (em especial dos ingleses) com a notícia que era uma terra rica em
ouro. Por volta de 1910, foi instituído o regime do apartheid, aonde negros e indianos foram pesadamente taxados, além
de serem barrados na contratação de serviços não braçais. Após durar por cerca
de 80 (oitenta) anos e desde o ano de 1994, que os sul africanos não tem mais
essa discriminação racial, na qual era regulamentada em legislações locais.
Apesar de não
ser um destino tradicionalmente escolhido pelos turistas, estive por lá em 2011,
enquanto aguardava o meu voo de conexão para Sydney, na Austrália. Neste
período, ficou claro o benefício da Copa do Mundo realizada um ano antes, com
vias largas e um ótimo aeroporto internacional. Mesmo com o sucesso do mundial
de futebol, o principal esporte praticado por lá ainda é o Rugby, que é um pouco da herança dos ingleses.
Nelson Mandela Square |
Num passado não
muito distante, Johanesburgo detinha o péssimo título de cidade mais violenta
do mundo. Ainda assim, as coisas estão muito mais organizadas e melhores, o que
tranquiliza mais os turistas que ali desembarcam. A dica é ficar hospedado na
cidade vizinha e parte da sua região metropolitana: Sandton City. Para os consumistas de plantão, é por lá que se
encontra um dos maiores centros de compras da África do Sul, com mais de 400
(quatrocentas) lojas de marcas de moda local e internacional e deixando muitos
centros de compras no mundo com inveja. O shopping está localizado ao lado da
estação Sandton do Gautrain.
Garçonete atenciosa no Montego Bay |
Aproveitando o
passeio, encontramos a Nelson Mandela Square,
uma grande praça a céu aberto repleta de restaurantes com as mais
diferentes especialidades (desde massas italianas, carnes e frutos do mar, até
iguarias africanas, como pescoço de girafa e cérebro de macaco). Considerando
que o Real tem se valorizado frente a diversas moedas, o câmbio é bastante
favorável ao turista brasileiro, um motivo a mais para provar dos sabores que a
África tem a oferecer. Para se ter uma noção, R$ 1,00 vale cerca de R 4,68 (a
moeda local se chama Rand).
Degustação de vinhos sul africanos |
Um dos
restaurantes mais badalados da praça é o Montego
Bay Seafood Restaurant, Sushi & Oyster Bar (http://www.montegobay.co.za/), que é um espetáculo em frutos do mar,
além do atendimento bastante simpático por seus atendentes. Além disto, é uma
ótima oportunidade para se experimentar um poucos do vinhos tintos de corte Shiraz, Pinot Noir ou Pinotage. Como não poderia deixar de
ser, a minha escolha foi um assemblage sul-africano:
o Kanu Rockwood Red, de cortes Shiraz, Cabernet Sauvignon, Roobertnet,
Merlot e algumas uvas locais, da região de Cape Town (muito bom). É
importante destacar uma curiosidade: na África do Sul, são produzidos mais
vinhos brancos do que tintos. Principalmente os Chardonnay, Chenin Blanc, Riesling e Sauvignon Blanc. Com uma das mais repeitadas produções vinícolas do
novo mundo, essa expansão se deu com o término do apartheid. Para os que gostam de uma culinária mais exótica e
típica da região (com iguarias que variam desde pescoço de girafa, cérebro de
macaco ou crocodilos), a dica é provar o restaurante Lekgotla (http://www.lekgotla.com/).
Leões de pelagem branca |
Interação com filhotes de leões |
Por fim, ir ao
continente africano e não viver uma aventura num safári seria bastante
frustrante. As opções são inúmeras e a mais indicada é sem dúvida o famoso Kruguer Park, que fica um pouco mais
afastado (na fronteira com Moçambique) e tem o tamanho de Israel. Infelizmente
devido ao tempo curto, a opção foi ir ao Lion
Park (http://www.lion-park.com/). Dependendo
do tempo de sua estadia em Johanesburgo, é possível escolher com calma a melhor
programação. Os programas são dos mais variados, que incluem desde um tour pela
vida selvagem africana numa espécie de “carro-gaiola” ou ainda se hospedar em
um desses parques, para acordar nas primeiras horas do dia e se aventurar num tour caminhando, sempre acompanhado de
um guia com um rifle, por questão de segurança. Além de ser possível interagir
com vários animais típicos da África, também é possível encontrar uma espécie
rara de leões. O Panthera leo krugeri, ou
simplesmente o Leão branco, que distingue-se dos outros por conta de sua
pelagem branca, decorrentes de anomalias genéticas. Apenas na África do Sul é
possível conferir esta espécie rara, sejam adultos ou seus filhotes.
Um pouco mais
deste passeio incrível foi registrado no vídeo que fiz e está disponível no meu
canal do youtube. Confira um pouco abaixo:
3 comentários:
Tico, estou curtindo as dicas de viagens daqui.
Espero em breve poder utilizá-las em minhas viagens futuras.
Bjksss
Simone Azevedo
Tico, estou indo par a Australia em dezembro, com conexão de 8h em Joanesburgo . seria possível realizar algum passeio neste tempo? Como é a questão do visto para entrar no pais?
Abc
Olá Jamila Aguilar!
Obrigado pela audiência.
Você deve estar indo pelo voo da South African, via São Paulo... foi exatamente o que eu fiz, qando fui para Sydney. Se não me engano, há dois voos - um em avião PURO da South African para Perth - e outro em code-share com a Qantas (você pode acumular essas milhas na TAM, por ser da mesma aliança ONEWORLD).
Em qualquer uma das opções, acho 8 horas MUITO POUCO TEMPO. Vai ficar corrido e você pode pegar um trânsito pesado pra ir e voltar para o aeroporto TAMBO. O ideal seria você solicitar junto à South African um STOP de alguns dias. Eu pedi de 5 dias em J-Burg. Mas, te afirmo que 3 dias é suficiente para uma visão geral da cidade. E vale muito a pena!
Qualquer dúvida, pode perguntar... será um prazer ajudar!
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