Conversando
com amigos que gostam de viajar, me dei conta de um fato que acontece com
bastante frequência: o turista brasileiro não dá o devido valor a certos
destinos, acabam por transformá-los em paradas/ pontos de conexão para o
destino final. Isso acontece bastante com Bogotá, na Colômbia e a Cidade do
Panamá, no Panamá. Grande bobagem! As duas cidades possuem uma cultura e
história bastante rica, além de ter uma noite bastante animada e agitada. Como
eu já falei anteriormente sobre a minha passagem pelo Panamá (http://www.ticobrazileiro.blogspot.com.br/2014/08/panama-dubai-das-americas.html),
hoje irei abordar um pouco da minha recente passagem pela capital colombiana e
garanto que você que em acompanha irá se instigar para programar uma ida até
lá!
Na
última postagem, vocês puderam acompanhar um pouco do meu voo pela Avianca
Internacional, entre São Paulo e Bogotá (http://www.ticobrazileiro.blogspot.com.br/2016/02/como-e-viajar-de-sao-paulo-para-bogota.html),
que durou exatas 5 (cinco) horas e 40 (quarenta) minutos. Para os que tem medo
de turbulência, é normal balançar um pouco sempre que os aviões sobrevoam a
floresta amazônica. Já em terra firme, no Aeropuerto
El Dorado, após a retirada da
bagagem e passar pelo controle da aduana colombiana, o segundo passo era
procurar agências de câmbio, para trocar o Real por Pesos Colombianos. Num
primeiro momento, achei que o câmbio era péssimo, como acontece em todos os
aeroportos do Mundo, mas comparando depois, percebi que não há um grande
diferença para o câmbio dentro da cidade. Minha sugestão é que você tire uma
quantidade, mas não gaste todo o dinheiro fazendo o câmbio no aeroporto. Deixe
outra parte para tentar fazer, ganhando um pouco mais nas proximidades do
Parque de La 93.
Antes
de chegar na capital colombiana, percebi algo curioso: Bogotá possui uma grande
variedade de hotéis e as vezes a preços bastante atrativos. Não se surpreenda
se encontrar tarifas de hotéis de até 5 (cinco) estrelas a preços
inacreditáveis, de forma positiva. Obviamente isso só irá acontecer se você
conseguir se programar com antecedência, afinal, nem passagem aérea você
consegue barata, quando de última hora. Acabei optando por um antigo hotel
Pestana, que agora se chama Bogotá 100 (http://www.tripadvisor.com/Hotel_Review-g294074-d3418721-Reviews-Hotel_Bogota_100-Bogota.html).
Na minha opinião, a localização era perfeita, perto de tudo e dava para fazer
algumas coisas caminhando, inclusive ir até o Parque de La 93.
O voo
chegou próximo ao horário do almoço e eu estava faminto! Após pedir algumas
sugestões no hotel, me indicaram ir no Parque Usaquén, que leva o nome do
bairro do hotel e ir no restaurante Tienda
del Café (http://tiendadecafe.co/),
que não pensei duas vezes ao pedir a cerveja mais típica do País, que é a
Aguila! Acabei descobrindo que eles fazem igual aos Estados Unidos, com a
versão light de todo tipo de cerveja.
O restaurante é bastante agradável e serve todo tipo de comida, mas se você não
gostar muito dele, é possível caminhar pelas ruas ao redor do parque e escolher
outros. Importante destacar para vocês que em Bogotá, é mais seguro você pedir
o taxi em aplicativos ou nos restaurantes, do que pegar qualquer um no meio da
rua. Isso eu já tinha lido em alguns blogs e foi confirmado por todos, desde
restaurantes até mesmo no hotel.
Como
o primeiro dia era muito leve, resolvi conhecer a famosa Zona T e Zona Rosa,
que ficam um ao lado do outro. Para quem não sabe, a região antigamente era
conhecida por ser reduto de traficantes de drogas e prostitutas, considerado um
dos piores bairros da cidade. Hoje em dia é repleto de restaurantes, lojas de
grife e shoppings centers. Foi assim que cheguei no centro de compras, que é
conhecido pelo nome de Andino. E foi
lá que provei o típico café colombiano, o Juan
Valdez (quem vai na Colômbia, tem que experimentar!). Como não estava com
horário para nada, fiquei por ali mesmo para tomar um chopp na Zona T, no
barzinho La Cervecería (http://www.lacerveceria.com.co/). O
ambiente é muito legal para reunir amigos, casais e entrar noite adentro de
Bogotá. Se não gostarem, há outros bares que pude ir e experimentar, como o The Pub (http://www.thepub.com.co/), um típico pub
irlandês com uma variedade de cervejas artesanais colombianas. Para os amantes
da cerveja, é a região ideal, podendo caminhar “de bar em bar”.
Já
os que não conseguem viver sem comprar, a idéia é caminhar um pouco pela Zona
Rosa e entrar nas diversas lojas de grife, como Zara, H&M, Hugo Boss, entre
tantas outras. Ah, também é possível encontrar restaurantes excelentes, além de
cassinos! Isso mesmo, pessoal! Em Bogotá, o jogo é totalmente permitido e quem
gosta de tentar a sorte nas maquininhas ou no poker, vale a pena viver a
experiência, mas sempre com prudência.
Antes
de vir a Bogotá, peguei algumas dicas em alguns blogs de viagem e acabei
confirmando umas coisas, com pessoas do hotel e restaurantes. O modo mais
seguro de se andar de táxi, é pedindo no aplicativo (eles usam o mesmo EasyTaxi
usado no Brasil) quando tiver rede wifi, ou pedir para alguém solicitar um para
vocês. Não é recomendável pegar qualquer táxi no meio da rua, apenas isso.
Outro detalhe, é que eles cobram cerca de 700/ 900 pesos por você solicitar o
taxi pelo aplicativo, que no início achei que estava sendo enrolado e a noite,
eles cobram cerca de 1700 pesos colombianos extra, de adicional noturno
(chamado lá de recargo nocturno). Mas quero deixar claro que a cidade é
bastante segura, caminhei muito por lá e não tive problemas. A sensação de
segurança é enorme, não tem absolutamente nada a ver com a Colômbia do tráfico
de drogas.
O
dia seguinte era reservado para fazer um tour completo pela cidade de Bogotá,
incluindo o centro histórico da cidade. A dúvida era como isso seria executado,
aproveitando o tempo da melhor forma possível. No hotel, acabei conhecendo o
Sr. Guilhermo Solano, que faz esses tours
e cobrou um ótimo preço para levar em toda a cidade e esperar o tempo que
fosse necessário, inclusive guardando as malas/ bolsas e mochilas dentro do
carro dele. Para quem quiser os serviços e eu indico bastante, inclusive para
translados até o Aeroporto El Dorado, basta chamar/ combinar com ele pelo
whatsapp: +57 (314) 409-7144. A rota
foi a seguinte: Cerro Montserrate, Museo
del Oro, Plaza Bolívar, Candelária, Museo Botero (que acabou não dando
tempo, o que foi uma lástima!).
Chegando
no Cerro Montserrate, existem duas
filas organizadas para quem vai pagar para a subir em “efectivo” (dinheiro) ou
em cartão de crédito. Como eu sempre viajo, pensando na próxima viagem, já fui
pra fila do cartão de crédito para acumular milhas! A subida é feita num
funicular, enquanto que a descida é num teleférico. O topo do cerro, é uma
altitude de cerca de 3.150 metros, o que complica um pouco por você sentir de
forma inevitável os efeitos da altitude. Se cansa com maior facilidade. No
desembarque, há uma acesso um pouco inclinado que tem figuras vindas da Itália
sobre a via crucis de Jesus Cristo,
que termina com a visão da catedral do “El
Señor Caído”, que foi construída no século 17 e continua bastante
preservada por lá. Pelas laterais da igreja, é possível apreciar o tamanho da cidade
de Bogotá numa linda vista panorâmica da capital colombiana.
O
tempo era curto e tinha que ser bem aproveitado, por isso o próximo local seria
o famoso destino era o Museo del Oro, que
fica no centro da cidade. Ele é mantido pelo Banco de la Republica de Colombia e a entrada é quase que
simbólica! A principal finalidade é mostrar para o público geral, um pouco da
história do ouro na Colômbia e na região, além de exaltar os trabalhos feitos
pelos indígenas do período pré-colombiano e atual. Apenas por curiosidade,
vocês sabiam que o território da colombiano era muito maior? Se chamava de Gran Colombia e alguns territórios
ganharam independência e hoje são Equador, Peru, Venezuela e Panamá. Como
sempre gosto de conhecer um pouco mais da cultura e do País, converso bastante
com taxistas e pessoas locais e descobri que esses países que hoje não são mais
parte da Colômbia, estão buscando em cortes internacionais, parte do ouro que
ainda resta no País.
Na
saída do museu, comecei uma caminhada no coração da cidade, que sempre é bom
lembrar algumas recomendações de segurança! É bastante tranquila a caminhada
nesta região, mas é bom ficar atento às bolsas e pertences, por existirem
vários batedores de carteiras! Não se preocupem que ninguém irá abordar vocês e
assaltar, mas há sim muito furto. Ao final da caminhada, cheguei na principal
praça da cidade, a Plaza de Bolívar,
que tem entre outros monumentos o Palácio de Justiça (que Pablo Escobar
financiou grupos guerrilheiros colombianos, em meados dos anos 80, para
promover um atentado e queima de documentos que podiam incriminá-lo) e o
Capitólio Colombiano e a Catedral Primada
de Bogotá. Sem dúvida é uma caminhada bastante interessante e rica em
história, mas para quem não gosta de pombos, há milhares deles. O pior é que
eles voam pra cima de você e é inevitável ter que se abaixar, por incrível que
pareça. Apenas para ilustrar um pouco mais, no Palácio da Justiça é aonde está
a Corte Suprema do País e a Catedral de Bogotá, foi construída entre 1807 e
1823.
A
caminhada continua, em direção a famosa Candelária,
que fica nos arredores da Plaza de
Bolívar e é cheia de história com suas casinhas feitas em estilo espanhol,
além do famoso Museu do Botero, que infelizmente não poderei dar muitas dicas
aqui. Como havia perdido muito tempo no Cerro Montserrate, o tempo estava
acabando e a opção ficou por caminhar um pouco pela Candelária, do que entrar
no famoso museu. Sem dúvidas as ruazinhas estreitas e com arquitetura colonial
espanhola e barroca, chama bastante atenção, além de dar um charme especial a
toda a região da cidade. O ideal é ter calma para poder curtir bastante a
região e explorar cada rua que existe, ou sentar num café e admirar o ir e vir
das pessoas pelas ruas.
Por
fim, não poderia deixar ir em duas cidades próximas a Bogotá: Chía e Zipaquirá.
Começando pela segunda, é a maior produtora de sal do País e aonde tem a maior
atração turística da região, que é a Catedral de Sal. Construída 300
(trezentos) metros abaixo do solo e no interior de uma mina de sal, ela foi
criada pela fé dos mineiros e relembra a via
crucis de Jesus Cristo, com diversas cruzes no caminho até a cúpula e salão
principal da Catedral. Na principal ala da catedral, é possível ver uma cruz
gigantesca, com cerca de 16 (dezesseis) metros de altura e escultura de mármore
da “Criação de Adão”, feita por
Carlos E. R. Arango. Não há como perder este passeio, na cidade que fica cerca
de uma hora/ uma hora e dez minutos de Bogotá. No mais, a cidade lembra
bastante uma cidade de interior, principalmente interior da Espanha e é quase
um vilarejo, bastante charmoso e interessante.
O
nosso passeio termina em um lugar imperdível, que é o famoso restaurante Andres Carne de Rès, que existem dois:
um na Zona Rosa (mais novo e com três andares) e o mais tradicional, que é este
que estou falando agora. Um detalhe importante sobre o termo “Rès”! Eu fiquei
bastante confuso e achava que era algo de outro planeta, mas por lá, eles
chamam isso todo tipo de carne de “vaca”/ “boi”, foi o que perguntei e entendi,
se alguém souber de algum outro significado, estou aberto a correções. Voltando
ao local, o clima é de bastante animação, com os garçons e garçonetes tentam
animar famílias, casais ou grupos de amigos. O som ambiente é de música típica
colombiana, que as vezes se confundem com caribenha, talvez pelo País ser
banhado no seu norte, pelas águas do Mar do Caribe. Inclusive, há uma pista de
dança, aonde quase todos são obrigados a dançar, pelos funcionários do Andres.
Outro momento legal, é quando lhe colocam a faixa de “bienvenido a la tierra” com uma coroa de papelão, como se você
fosse o “rei” do lugar. Sem dúvidas é um lugar que merece bastante destaque por
tudo que envolve ele. Aproveitem os cortes de carne, servidos de cervejas
artesanais e nacionais bastante geladas. Uma certeza? Sempre que eu for em
Bogotá, irei voltar no Andres Carne de
Rès!
Gostaram
dessa postagem?
Confiram o vídeo exclusivo que fiz sobre Bogotá, Zipaquirá e Chía, no meu canal do youtube. Ainda não se inscreveu? Então vai em www.youtube.com/ticoso e se inscreve. Agora pressione “play” para assistir um pouco mais sobre essa viagem:
Confiram o vídeo exclusivo que fiz sobre Bogotá, Zipaquirá e Chía, no meu canal do youtube. Ainda não se inscreveu? Então vai em www.youtube.com/ticoso e se inscreve. Agora pressione “play” para assistir um pouco mais sobre essa viagem:
7 comentários:
Olá, tudo bem? Adorei o post, seu roteiro está muito parecido com o que pretendo fazer em setembro. Você poderia me dizer como foi para Zipaquirá? Por conta própria (se sim, qual meio de transporte usou?) ou com tour pronto? Muito obrigada!!!
Olá Vanessa !
Eu fui com um motorista, que acredito que coloquei até o contato dele aqui, o Guilhermo Solano! Ele esperou o tempo que eu quis, em Zipawuira e na Catedral de Sal e ainda levou e esperou no Andrés Carne de Rès, o tradicional!
Sai mais barato que pacotes turísticos que vendem por aí ou por lá, além de dar uma liberdade maior! Vale a pena e é um cara muito gente boa !
Muito obrigada! Entrarei em contato com ele quando estiver um pouco mais próximo. Estava com medo de pegar alguém sem indicação.
Nossa, ainda te esperou no Andres Carnes de Rés? Que coisa boa! É uma ótima oportunidade, já que Chía fica no meio do caminho e só pra ir ao restaurante achei meio longe. Obrigada pela dica!
Você achou que a Catedral de Sal valeu o deslocamento? Queria muito conhecer, mas só terei dias e meio em Bogotá (pois meu foco da viagem será no Peru, onde passarei antes).
Valeu! :) Ah, adorei o vídeo também.
Conversei com o guia que você indicou e gostei bastante do atendimento... agendei com ele para me levar em Zipaquirá e também o transporte de/para o aeroporto. Obrigada!
Excelente ! Ele me levou no aeroporto também! Gente dá melhor qualidade e bastante atencioso... que bom que deu tudo certo! Aproveite... Bogotá eh incrível! :)
Olá novamente. Vim agradecer a indicação do motorista, Guillermo Solano, que contratei graças a sua indicação e foi maravilhoso. Ele é educado, pontual e minha família se sentiu muito segura com ele. Ele nos levou à Zipaquirá e também nos levou/buscou no aeroporto. Deixo aqui então também minha indicação para quem tiver algumas dúvidas. Usei na cidade também táxi normal e me arrependi, deveria ter contratado tudo com ele. Não tem nem comparação com os outros motoristas. Profissional da melhor qualidade. Obrigada.
Ola,
Vou para a Colombia sozinha com a minha filha de 2 anos e além de dicas de passeios estava a procura de indicação de motorista na cidade.
Entrei em contato com o Sr Guillermo que me pareceu muito gentil.
Obrigada pela indicação.
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