Pernambuco é um dos estados brasileiros marcados pela diversidade cultural, seja na praia, no campo ou no semi-árido. Depois de conhecermos a o fantástico arquipélago de Fernando de Noronha, que tal ir rumo ao interior, para Petrolina? Junto com a cidade de Juazeiro, na Bahia, formam
a maior concentração urbana da região do semi-árido no Nordeste do Brasil. Como se não bastasse, a
cidade é a segunda maior de Pernambuco e possui o maior PIB (produto interno bruto) entre as cidades do interior do estado. A exemplo do que acontece no Chile, Petrolina tem um clima muito seco, apesar do exemplar sistema de irrigação, que é ideal para o cultivo de cepas, não sendo por acaso o título de 2º maior
centro vinícola do Brasil, perdendo apenas para o Vale dos Vinhedos no Rio
Grande do Sul. As diferentes técnicas de fertilidade do solo castigado pelo forte sol, além da forma de irrigação inspirada na Califórnia americana, faz de Petrolina um dos principais centros de exportação de frutas tropicais (melancia, uva, melão, entre outras) brasileiras para todo o mundo.
Barricas da vinícola Ouro Verde
A região do Vale do São Francisco ainda está engatinhando no turismo, mas já é bastante forte o Entourismo, que é aquele para se conhecer vinícolas e a cultura do vinho. Particularmente, não resisto a uma boa degustação, motivo pelo qual fiquei bastante entusiasmado ao conhecer mais um município pernambucano. Na chegada em Petrolina, um veículo já aguardava para o início do passeio que iria ser na cidade vizinha, em em Casa Nova, na Bahia. Lá se encontra uma das filiais da Miolo do Rio Grande do Sul, a vinícola Ouro Verde, que é uma das mais visitadas. Foi possível observar um espaço de cerca de 200 hectares de vinha plantada, aonde com ajuda dos guias muitas informações foram dadas, inclusive com o projeto de expansão até 2020, que é de duplicar esta área atual. A visita guiada se inicia pelos pelos tanques onde são produzidos os vinhos da casa, aonde turista ainda aprende curiosidades como as quantidades de uvas necessárias
para a produção de uma garrafa de 750 ml de vinho, além de saber que para cada
hectare cultivado/ plantado, irão resultar em cerca de 8.000 (oito mil) a
10.000 (dez mil) uvas. Querem produzir uma garrafa de vinho? Tudo bem, além de todo os processos rigorosos, é preciso ter incialmente 1kg de uvas, ok? Mais informações sobre a vinícola e esse passeio, basta acessar http://www.miolo.com.br/empresa/miolo_wine_group/vinicula_ouro_verde/.
Outro passeio imperdível para quem está na cidade é no bairro de Areia Branca. A entrada é marcante e impossível de não acertar o nome do local: o Bodódromo. Lá é o ponto de encontro de vários habitantes da cidade, além de ser uma das principais atrações turísticas, por ser um complexo gastronômico com cerca de 10 (dez) retaurantes e alguns bares. Este nome peculiar se deu no passado, quando nesta área era uma grande área de comercialização da carne de bode, que é um animal típico da região. Atualmente, é difícil experimentar esta iguaria, por conta do cheiro e a sua carne ser dura. Em lugar dele, a regra é oferecerem carneiro em diversas especialidades como carneiro assado (prato
mais tradicional da região) e até lingüiça e pizza de bode. Um aspecto cultural
e engraçado do pernambucano é que tudo é o maior e se não for, é o melhor. Por
isso, não se surpreenda se ouvir de alguém que este é o maior espaço ao céu
aberto dedicado a este tipo de prato do mundo, que realmente pode ser verdade.
Experimentando as uvas,
Outra vinícola
visitada foi a Vitivinícola Santa Maria (http://www.vinibrasil.com.br/), que é controlada pelo grupo português Dão Sul, com ampla experiência, além de diversos prêmios internacionais. Fazendo um paralelo com a vinícola em Feira Nova, achei que esta é a que mais vale a pena, por conta da estrutura e instrução dos guias. São verdadeiras lições sobre o cultivo da uva, processos de fermentação do vinho e como degustar. Posso afirmar que chega a ser um passeio do nível ou até superior ao que fiz por duas oportunidades em Santiago do Chile, na vinícola Concha y Toro. O passeio se torna mais espetacular quando os guias oferecem uma visita aos campos de parreiras, aonde se há breve explicação do plantio das cepas e permitindo ao turista experimentar os sabores e perceber as diferenças, uva a uva. Dentre os inúmeros tipos, destaco as Cabernet Sauvignon, Carmenère e Shiraz. Para os que querem
testar todos os paladares e perceber as diferenças de sabores de cada uva, é
permitido experimentar ali mesmo cada uva. Como em toda vinícola, a visita se
encerrou com uma ampla degustação de seus vinhos, que foram os da linha Rio Sol
e com uvas de cortes Cabernet Sauvignon e Syrah.
"Carranca" com a ponte ao fundo
Não poderia deixar de fazer uma referência ao “Velho Chico”, apelido carinhoso ao Rio São Francisco, tão presente na cultura do povo nordestino. Petrolina (Pernambuco) e Juazeiro (Bahia) são banhadas e separadas por essas águas e chegaram a ter uma canção do já falecido Luiz Gonzaga (http://www.youtube.com/watch?v=t_70Bfif9BQ)
que demonstrava todo carinho para as duas cidades. O passeio começa numa travessia típica da região, numa pequena embarcação que funciona como ônibus coletivo, só que aquático e leva as pessoas de Petrolina, para Juazeiro em apenas alguns minutos. Ao chegar no lado da Bahia, troquei para um barco maior e a vapor, que iria iniciar um tour pelas águas do Rio São Francisco. O guia, passa aos turistas diversas informações sobre a importância do rio para a região, além dos aspectos históricos e outras curiosidades. Impossível não perceber a Carranca,
que é uma escultura em forma humana ou de animal típica da região e feita
de madeira. Inicialmente eram produzidas e colocadas na proa dos barcos que
navegavam pelo “velho Chico” e depois passou a ser comercializado nas diversas
lojas de artesanatos da região. O passeio, que dura cerca de duas a três horas,
é regado a espumantes locais, culinária regional e muita música popular
brasileira e regional, além de permitir uma parada para se banhar nas águas do "Velho Chico". Tentei fazer um vídeo para mostrar um pouco mais do passeio, mas as filmagens ficaram com o som muito abafado e prejudicado. Vou ficar devendo, na próxima ida para Petrolina e Juazeiro, prometo o vídeo.
Dando uma pausa
nas viagens internacionais, chegou a hora de conhecer um pouco mais do nosso
Brasil. O destino hoje é uma ilha que fica a leste do Estado do Rio Grande do
Norte e formado por 21 (vinte e uma) ilhas e ilhotas. Trata-se de Fernando de
Noronha, distrito do Estado de Pernambuco e dona de visuais de tirar o fôlego.
Sua história nos leva ao período das grandes navegações portuguesas, aonde a
ilha possuía um nome diferente do atual: Ilha de São João da Quaresma. Por
volta de 1504, o monarca D. Manuel I resolveu doar a ilha para o então
proprietário da capitania hereditária da época, que era o Fernão de Loronha. Desde
então, a ilha passou a se chamar de Fernando de Noronha e após longo período abandonada,
se tornou por muitos anos uma prisão. Esse polo turístico que conhecemos é
recente e bastante aproveitado por conta da proximidade entre a ilha e as
cidades de Natal e Recife, que favorece a ligação diária. Antes do pouso, os
passageiros que escolheram o lado esquerdo do avião, serão presenteados com uma
vista panorâmica da ilha, por alguns pilotos realizarem o contorno da ilha
antes do pouso.
As portas do
avião se abrem e se inicia o desembarque. Este é o momento curioso aonde é
notório o movimento frenético de câmeras fotográficas e filmadoras dos turistas,
que tentam registrar cada momento em Fernando de Noronha. Não é por acaso,
afinal o turista se depara de cara com ponto mais alto da ilha, que é o Morro
do Pico (321 metros) com as aeronaves de atores coadjuvantes. Registrados
alguns desses momentos chega a hora de pagar a conhecida e de certa forma
absurda “taxa de preservação da ilha”. O
valor varia a cada ano e atualmente custa em torno de R$ 45,60 (quarenta e
cinco reais e sessenta centavos) cada dia de permanência por lá. Para não
perder tempo na chegada, é possível realizar o pagamento diretamente no site do
Governo do Estado de Pernambuco (http://www.noronha.pe.gov.br/),
bastando apenas entrar na outra fila do desembarque e comprovar o pagamento.
Assim, o próximo passo é pegar a bagagem na modesta esteira e começar a viagem.
A impressão que
fica é que independente do seu local de hospedagem, sempre haverá um transfer do aeroporto para o centro da
cidade (na ida ou na volta). Tudo em Noronha é caro, mas basta visitar o
arquipélago na baixa estação e constatar que é possível até negociar o preço de
algumas atrações, além de conseguir hospedagens mais baratas. Isso acontece por
conta da baixa procura pela ilha e movimento durante a baixa estação. Sem dúvidas
o lugar mais central e interessante para se hospedar é o bairro da Vila dos
Remédios, que é o centro histórico da ilha e se estende até o mar, se
encerrando na famosa Praia do Cachorro. No bairro é possível encontrar
supermercados, restaurantes, bares e inclusive o lugar de maior agito na vida
noturna, que é o Bar do Cachorro.
Uma curiosidade
é que em Fernando de Noronha se encontra a segunda menor rodovia do Brasil, com
apenas 7 km de extensão. É parte dela que pegamos para chegar até a Baía de Santo
Antonio. Por lá, encontramos o porto da ilha, e local de partida e chegada de
diversas embarcações de pescadores e outras turísticas que mostram Noronha por
outro ângulo. Por conta de um naufrágio no passado de uma embarcação grega, o
navio Eleani Sthatathos, embarcações
maiores não conseguem atracar no porto. Ao turista, duas espécies de cruzeiros
são oferecidos: uma grande embarcação que oferece um passeio ao redor da ilha,
com vendas de bebidas e comida a bordo, que custa cerca de R$ 90,00 (noventa reais),
ou o meu preferido, que é uma lancha privada e custa R$ 1.000,00 (mil reais) a
ser dividido pela quantidade de pessoas a bordo. A maior diferença é que a
lancha é um passeio privado/ vip e com tudo incluso, inclusive comidas
(churrasco e peixe pescado na hora) e bebidas (cerveja, água, refrigerente). De
resto tudo é oferecido em ambas, como o famoso passeio de planasub, mergulho em um ponto no mar de dentro e o tempo de
duração que pode ser 04 (quatro) horas ou o dia inteiro.
Jantar do Zé Maria.
A noite reserva
uma atração que mexe com o paladar do turista. É o festival gastronômico do Zé
Maria, que fica na pousada que leva o mesmo nome. Uma variedade de pratos
feitos de frutos dos mares, saladas e carne, é de dar água na boca. Para poder
aproveitar, é preciso fazer uma reserva e o pagamento no valor de R$ 120,00
(cento e vinte reais), que dá direito ao buffet
livre, mas com bebidas sendo pagas a parte. O dono do empreendimento e da
ideia, o próprio Zé Maria, faz questão de apresentar cada prato feito, que vai
desde pratos típicos do Nordeste brasileiro como carne de sol, até delícias do
mar como peixes especiais, sushis ou
saladas. Após o jantar principal, é oferecido uma outra infinidade de
sobremesas. Sem dúvidas nenhuma vale muito a pena conferir.
O passeio mais procurado
é o ilhatur (R$ 100,00), que todos
devem fazer pelo menos uma vez. O tour é quase completo ao redor da ilha, não
sendo incluído o passeio pelo centro histórico (que ñão será problema para quem
estiver hospedado no bairro da Vila dos Remédios). Essa volta pela ilha é feita
por veículos Land Rover, Hilux, L-200 ou
Buggys e levam o dia todo. Por conta
disto, é recomendado que se leve protetor solar, para aguentar os raios solares
(que são bastante fortes), repelentes (contra os diversos mosquitos), bonés, sapatos
velhos/ sandálias Crocs e etc. O importante é sentir-se bem e confortável, pois
são muitas trilhas, com inclinações e solos diferentes.
Quem diria que a
praia mais bonita do Brasil encontra-se tão afastada do continente, não é? Ela
fica lá em Fernando de Noronha, na praia do Sancho. A primeira parada do ilhatour, só há uma forma um pouco
incômoda de acesso a este paraíso: descendo uma escadaria numa fenda, além de
outro trecho de pedras e areia até chegar até a praia. Seu mar bastante
cristalino além de encantar, permite que sejam observados ocasionalmente
algumas espécies marinhas e cardumes de peixes. Via de regra, os guias do
passeio permitem um tempo, que varia de 30 (trinta) minutos a uma hora, para
que seja possível curtir melhor essa maravilha da natureza, seja mergulhando ou
apenas admirando.
Morro dos Dois Irmãos ao fundo.
Cenário de um
dos mais conhecidos cartões postais da ilha, a Praia da Cacimba do Pare e Baía
dos Porcos é onde está o famoso morro dos “Dois Irmãos”, que é apelidado de “Fafá
de Belém”, por terem formatos de dois seios enormes. Além do acesso à praia, há
inúmeras trilhas para o turista não perder um ângulo das belezas naturais de
Fernando de Noronha. Em seguida, o destino é a Praia do Sueste, que possibilita ao turista um mergulho livre para poder ver
de perto a diversidade marinha da ilha. Algumas espécies são bastante comuns
nesta praia, como tubarões, arraias, tartarugas gigantes e inúmeros cardumes de
peixes exóticos, que faz parecer que estamos num documentário do Discovery Channel. Tudo isto só é possível
com o aluguel de R$ 15,00 (quinze reais) do material para o mergulho como
nadadeiras e snorckel com máscara. A sugestão é cada um levar o seu
próprio equipamento, uma vez que não acredito que eles lavem o “canudinho” do snorckel na devolução.
Praia da Atalaia, lembra o Caribe
A praia mais
fantástica é sem dúvidas a da Atalaia. Esse
nome é uma referência à Ilha do Frade que
fica justamente na frente da praia e lembra o formato de um monge ajoelhado. Apesar
de pequena, algumas regras são seguidas para a visitação, uma vez que o IBAMA tenta
ao máximo preservar as características do ecossistema e das espécies ali
presentes. Diariamente só é possível entrar 100 (cem) pessoas na praia, em
grupos diferentes e que só podem permanecer nela por apenas 20 (vinte) minutos,
além de não ser permitido o uso de protetor solar, bronzeador ou nadadeiras. O
ideal é ir cedo, para aproveitar a maré baixa, que forma uma piscina natural
com águas cristalinas, além de ser possível nadar com pequenos tubarões e
arraias e observar diversas espécies de peixes e lagostas, por exemplo. Uma
curiosidade é a profundidade da água, que é de apenas 80 (oitenta) centímetros.
Desta forma, eles aconselham aos que não conseguem flutuar, usar um colete para
não tocar os pés ou mãos no fundo da água e assim assustar as espécies que ali
residem.
Que tal visitar
a praia mais badalada da ilha? Localizada próxima ao Bairro da Vila dos
Remédios, é uma excelente opção para o banho e mergulho com cilindro. A Praia
da Conceição, que em períodos de alta estação e feriados é embalada com DJs e
muitas festas também é ótima para se tomar uma boa cerveja ou caipirinha,
conversando com amigos ou familiares. A melhor opção para isto é o Bar do Duda
Rei (http://www.bardudarei.com.br/),
que apesar de praticar preços muito altos nas bebidas, é bastante badalado.
Para completar, o famoso Morro do Pico completa o visual do turista para a
viagem ficar sempre na memória.
Filé de tubarão com camarão
Como um grande
admirador dos tubarões, eu não poderia deixar de conhecer o Museu do Tubarão e conhecer
um pouco mais dessas espécies aquáticas e ter a certeza, conforme estudos que
eles não gostam da carne humana. Geralmente os ataques são erros de
interpretação, que eles apenas abocanham o humano e soltam. Por lá também é
possível provar uma iguaria: o bolinho de tubalhau. Um primo distante, mas de
sabor parecido com o bolinho de bacalhau. O curioso é que antes mesmo de
desembarcar na ilha, eu já pretendia experimentar a carne do tubarão. O bolinho
foi frustrante, pois o sabor já era conhecido, mas quando entrei no Restaurante
da Edilma e pedi um filé de tubarão bico fino coberto de molho de camarão, tudo
mudou. É um prato bastante saboroso e vale a pena provar. Uma pena não
encontrar facilmente essa iguaria no continente.
Não deixem de
acessar o vídeo que fiz e está disponível no meu canal do YouTube sobre
Fernando de Noronha. Basta clicar abaixo ou acessar www.youtube.com/ticoso:
Conforme
prometido na minha última postagem sobre Sydney, chegou a hora de conhecer um
pouco mais das cidades que ficam nos seus arredores. Agora chegou a hora de
visitar o Featherdale Wildlife Park, Blue
Mountains, Hunter Valley (para os amantes dos vinhos) e a cidade de Newcastle.
Alimentando Canguros e Wallabies
Começando pelo
parque Featherdale, ele fica a cerca
de 40 (quarenta) minutos de Sydney e pode ser feito um transfer em vans e
micro-ônibus que são alugados. Este passeio, que eu aconselho bastante, não faz
parte da rota turística e pode ser também a ÚNICA oportunidade de poder
interagir de uma forma especial com diversos animais típicos da região como os
coalas e cangurus, por exemplo. Alguém já ouviu falar na ave mais perigosa do
mundo? Trata-se do Casuar, um animal
da família das emas e avestruzes, na qual uma patada sua chega a ter a mesma
intensidade da força de um punhal, podendo inclusive decepar membros humanos.
Além disto, é possível viver a experiência de alimentar duas espécies de
cangurus, que apesar de semelhantes são bastante diferentes: os cangurus cinza
e os wallabies. Apesar de ser uma
experiência única, o passeio tem um tempo pré-definido de apenas uma hora ou
uma hora e meia de permanência, depende da operadora/ transportadora.
Cidade de Leura
O passeio
continuou com uma breve parada numa cidadezinha bastante agradável e charmosa. Trata—se
de Leura, uma cidade que lembrou
muito as cidades brasileiras de Campos do Jordão, em São Paulo e Gramado, no
Rio Grande do Sul. Apesar do parentesco distante, as cidades preservam o clima
de clima bastante acolhedor, além de inúmeras casas feitas de madeira e um
artesanato local muito rico. Depois de renovar as energias, nada melhor do que
seguir para um local místico e com visuais de tirar o fôlego: Blue Mountains. O nome, que remete a
coloração azul, é uma referência à névoa que se forma ocasionalmente nestas
cores, por conta das diversas árvores de eucalipto no local. Considerado
Patrimônio da Humanidade, o local é cercado por altas florestas, penhascos,
canyons e cachoeiras.
Por lá, encontramos
um lugar cercado de mistério e lendas. São as famosas rochas das Three Sisters, que
Three Sisters ao fundo
tem uma lenda
aborígene que conta a história de um feiticeiro que tinha três irmãs e uma
delas queria se casar com um guerreiro da região. Durante vários anos de caminhada
pela Austrália o feiticeiro procurou tribos que tivessem 03 (três) homens e que
assim pudesse casar com as suas três irmãs. Por não ter achado e ter ouvido de
uma delas, que ela poderia ter sido feliz se tivesse casado com aquele
guerreiro, ele acabou por lançar um feitiço sobre as três e transformando-as
num bloco de três pedras, alegando que assim elas poderiam entender que a
felicidade de uma não significava a tristeza das outras. O visual é incrível,
apesar de mais frio e com neblina em algumas épocas do ano.
Vinícola no Hunter Valley
Para os que amam
fazer enoturismo (turismo para
apreciar os sabores dos vinhos), chegou o grande momento em território
australiano. A direção é o vilarejo de Cessnock,
uma cidadezinha que fica cerca de 110km de Sydney e que conta com apenas 40
mil habitantes. Nesta região, que encontramos a mais antiga região vinícola da
Austrália, aonde as primeiras vinhas foram plantadas em meados de 1820, o Hunter Valley. No passado, quando ali se
iniciou o cultivo das uvas, constatou-se que o clima era parecido com o do sul
da França, assim ideal para o crescimento das uvas. Os vinhos de corte Shiraz (que particularmente me agrada
muito) são os mais famosos por todo o mundo, mas não se preocupem, cepas Merlot, Semillon e Chardonnay são muito boas, quando procedentes desta região. Algo
bastante interessante quando estive por lá: cada vinícola lhe permite a
degustação de vários vinhos e se você preferir, pode comprar e degustá-lo com
seus amigos e familiares nas diversas mesas disponíveis no lado de fora. É uma espécie
de picnic para poder experimentar
todos os sabores da Austrália. Uma das vinícolas que estive e gostei muito foi
a Roche Wines (http://www.winecountry.com.au/wine/cellar-door-tasting/pokolbin-rothbury/roche-wines).
Orla de Newcastle: bares e restaurantes
Por fim e
aproveitando a proximidade com o Hunter
Valley, chega-se na segunda maior cidade do Estado de New South Wales: Newcastle. Banhada pelo Oceano Pacífico, possui
praias que ficam cheias durante os feriados e finais de semana, além de possuir
um porto com capacidade de receber qualquer tipo de embarcação de carga ou
passageiros. Conta-se que parte da população local tem como um de seus
passatempos é olhar o vai e vem de navios que atracam no porto, inclusive com
manobras diferenciadas pelos rebocadores. Particularmente, por alguns segundos
virei um típico morador de da cidade, quando admirei o movimento de navios indo
e vindo, degustando uma típica cerveja da Tasmânia, a James Boag’s (indico para quem gosta de cerveja diferente). O centro da cidade é um misto de
construções novas e velhas, que foram restauradas após o ÚNICO terremoto
ocorrido em território australiano, em 1989, e é interessante de se conhecer
caminhando. De toda forma uma coisa é certa, para que algum lugar na Austrália
volte a tremer, será necessário que se esteja numa festa e após a décima
cerveja.
E aqui
encerramos esse passeio pela terra down
under. Apesar da distância com o resto do mundo, pretendo voltar por lá inúmeras
vezes e trazer mais novidades para você que gostou. Ainda tem um terceiro
vídeo, do meu canal no YouTube que conta com Blue Mountains e Leura. Curtam
um pouco mais abaixo:
Recentemente,
estive presente num evento de lançamento do livro “Diário de um Clima”, da repórter da Rede Globo de Televisão, Sonia
Bridi. Durante a apresentação da obra, tive a oportunidade de trocar algumas
ideias com ela, sobre viagens em comum para lugares como África do Sul,
Austrália e Nova Zelândia. Em seguida, algo curioso ocorreu: algumas pessoas
que se encontravam no evento me questionavam qual o lugar mais incrível que eu
já havia visitado no planeta. Particularmente acho uma pergunta um pouco difícil,
pois acredito que cada lugar tem suas particularidades e atrativos, que os
tornam especiais. Apesar de não ter como um lugar melhor que os outros, concluí
que Sydney, a cidade mais populosa da Austrália foi um dos lugares mais
FANTÁSTICOS que já estive.
Boeing 747-400 da Qantas
Saindo do Brasil
a viagem é longa: se contarmos o tempo total, incluindo os voos dos trechos
Recife – São Paulo/ São Paulo – Johanesburgo e Johanesburgo – Sydney chega-se a
incrível marca de 22 (vinte e duas) horas voadas, sem contar os tempos de conexão
nos aeroportos brasileiros, africanos e australianos. Tive a sorte de o voo ser
operado por uma das melhores empresas aéreas do mundo, a Qantas, além de
experimentar um clássico da aviação comercial, o Boeing 747-400. Chegando a
Sydney. o transfer aeroporto/ cidade
foi feito num táxi comum (estilo van), que comportava uma boa quantidade de
malas e pessoas. A exemplo de outras viagens, são inúmeras as opções para ir do
terminal do aeroporto até o centro da cidade.
É importante
destacar que apesar de Sydney ser a maior região metropolitana da Austrália,
não é a capital do País. Bastante organizada e com diversas opções para o
turista, Sydney é uma cidade jovem que proporciona uma das melhores qualidades
de vida do planeta, seja com seus parques, praias, bares ou restaurantes. Apesar
de tantos atrativos, a cidade é conhecida internacionalmente por ter uma
hospedagem de preços bastante elevados, perdendo apenas para Miami, Punta Caña, Rio de Janeiro e Nova York. Se você pretende ficar perto
de várias atrações turísticas, a dica é se hospedar nas proximidades de The Rocks/ Circular Quey, que é repleta
de bares, restaurantes e próximas ao cartão postal da cidade, a famosa Opera House e a Harbour Bridge.
Sydney Wild Life
Minha jornada iniciou
no Darling Harbour, uma das áreas mais
movimentadas de Sydney, que conta com uma variedade de atrações como bares,
restaurantes, lojas, parques, hotéis, entre outras coisas. Caminhando pela
região, encontra-se um cinema que possui a mais larga tela retangular de cinema
3D do mundo, que é no IMax Theatre Sydney.
Além dos diversos monorails que
cruzam esta região, possibilitando o deslocamento de um lado ao outro, o
turista pode desfrutar de uma experiência única, que é jantar num antigo barco
que fica ao lado da ponte e em frente à baía. Uma das principais atrações do Darling Harbour são o Sydney Aquarium, aonde é possível
conhecer um pouco mais da vida nos rios e oceanos, além das diversas espécies
de tubarão (incluindo o Grande Tubarão Branco); a Sydney Wild Life, com seus crocodilos, cangurus e a possibilidade
de interagir com o animal símbolo da Austrália: o Koala; e por fim o novíssimo
museu de cera Madame Tussauds. A dica
é comprar um combo/pacote que inclui
todas essas atrações por um preço reduzido e mais barato do que se comprado
separadamente. Por fim, ainda é possível passear pelas baías de Sydney, nos
diversos táxis aquáticos que podem ser simples lanchas ou até veleiros
charmosos.
Um dos lugares
mais agradáveis da cidade é o bairro de The
Rocks, localizado entre o porto de Sydney e a Opera House e que, segundo a história foi o ponto inicial da
povoação europeia na Austrália. Esta região nos remete à Europa, com suas ruas
de coloridas, prédios históricos e antigos pubs.
Além disto, a região concentra uma vasta opção de restaurantes, bares e pubs, e é palco de várias atividades
culturais. Aproveitando todo este clima de festa, não poderia deixar de
aproveitar o que o bairro tinha para me oferecer, inclusive conhecendo alguns
desses pubs, que destaco o Löwenbräu Keller (http://www.lowenbrau.com.au/), no qual
foi inevitável não me sentir na Alemanha, com a cultura da cerveja e Bierhaus, além dos conhecidos
campeonatos de virar cerveja. Na disputa de quem bebe mais rápido, eu venci um
coreano e mexicano que disputavam comigo, como mostra o vídeo do YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=MB-93QBVKjo.
Aos que gostam de joias e artesanatos locais, não deixem de ir aos sábados ao
mercado presente nesta região que conta com diversos pontos de venda desses e
outros produtos.
Taxi com a Harbour Bridge ao fundo
Logo ao lado
chegamos a um dos lugares mais incríveis de Sydney: Circular Quey. Há os que defendam que The Rocks é parte deste bairro, enquanto outros afirmam que são
apenas bairros/ distritos vizinhos. É em Circular
Quey que está a maior parte das atrações turísticas da cidade e uma aula de
sistema de transporte público EFICAZ e PERFEITO. Imagine uma integração entre
as linhas de metrô, balsas/ barcos, táxis e diversas linhas de ônibus que
passam no local? Você literalmente faz conexões para outras regiões da cidade,
com destaque para a balsa/ barco que leva em apenas 30 (trinta) minutos da Baía
de Sydney para a praia e bairro de Manly.
O mais legal é poder observar a Opera
House e Sydney Harbour Bridge como
cenário ao fundo. Particularmente gostei tanto, que fazia questão de sempre
fazer este passeio, em detrimento do transporte automotivo.
Opera House de Sydney
Nos arredores do
Circular Quey, encontramos o cartão
postal da cidade/ símbolo da cidade, que é a Sydney Opera
House. Construída entre 1959 e 1973, diz-se que durenta um concurso, o arquiteto vencedor resolveu
criar um monumento que lembrasse as velas de um barco. A Opera House além de ostentar o título de teatro mais famoso do mundo, conta com um complexo cheio de restaurantes e bares ao seu redor, aonde o turista pode curtir melhor a fantástica vista da Baía de Sydney. Dependendo do período de viagem, verifique a programação de operas, balés ou até mesmo peças teatrais, pode ser uma experiência única.
Ainda na principal baía de Sydney, encontramos a Sydney Harbour Bridge, que impressiona
por sua largura, além de ser a ponte em formato de arco mais elevada do mundo.
Construída em apenas 8 (oito) anos, a ponte liga o centro financeiro de Sydney com a
costa norte, permitindo a travessia de várias formas: desde a rodoviária e ferroviária, até mesmo com caminhadas. Um dos passeios
famosos e que eu indico apesar de caro, é o de se escalar até o topo da ponte. O preço depende se for durante a semana ou no final de semana, mas é em torno de AU$ 228,00. Mais informações é possível no site http://www.bridgeclimb.com/Price. No meu caso, a minha
irmã providenciou tudo e só tive o "trabalho" de testar meu condicionamento físico e ao final ser presenteado com uma maravilhosa vista da Baía de Sydney. Esse é um passeio para toda a família, independente da idade.
Construído em
1898 para substituir os antigos mercados de Sydney, surgiu o edifício com
estilo arquitetônico românico, chamado Queen
Victoria Building. Situado em frente à prefeitura e com uma estátua da
rainha Victoria na sua entrada, é cercado por alguns dos mais modernos prédios
da cidade. Atualmente é um elegante centro de compras, que conta com 200
(duzentas) lojas das mais variadas marcas, além de ser um ponto de embarque e
desembarque do metrô em seu subsolo. Alguns detalhes valem ser destacados, como
o piso cheio de mosaicos e suas escadarias e a réplica da coração da rainha
Victoria (no 2º piso) e os seus relógios, que contam um pouco da história da
colonização britânica na Austrália.
Manly é um dos programas
imperdíveis da cidade. Para se chegar lá, a melhor opção, como dito
anteriormente é pegar o Ferry em Circular Quey, se não me engano no píer 3 (três). A travessia dura cerca de
30 (trinta) minutos e revela um visual imperdível e fantástico. Um dos destinos
preferidos da maioria dos moradores de Sydney por contar com diversos cenários
paradisíacos e que são cercadas por natureza por todos os lados. Para os
amantes do contato com a natureza é possível encontrar diversas praias
interligadas por trilhas, que são consideradas as melhores do mundo para quem
pratica. Por incrível que pareça, essas caminhadas são bastante estruturadas e
prontas para receber pessoas de todas as faixas etárias. A exemplo de outras
praias dos arredores de Sydney, em Manly
o interessante é aproveitar um pouco da praia central, aonde encontram-se o
comercio local, além dos diversos cafés, restaurantes e algo bastante
interessante: piscinas públicas.
Para os que
gostam de boates, festa e badalação, um dos melhores lugares é na orla de Manly. Diferentemente do que acontece no
Brasil, não se cobra entrada para ingressar nos bares/ pubs ou boates. É dada a
liberdade de escolha do melhor local, no qual só se paga pelo que consumo, além
de ter livre trânsito, seja para entrar ou sair do local. Quando tive a
oportunidade, fui conhecer um pouco da vida noturna de Manly, e após 2 (duas) tentativas, acabei ficando maior tempo numa
das melhores boates da orla e reduto de brasileiros, que é a Shore Club (http://www.shoreclub.com.au/). Com uma
estrutura de três andares, que recriam ambientes de música pop/rock, techno/
house e lounge, é um sucesso de público e filas enormes se formam do lado de
fora. Nos domingos, como foi o dia que fui, a festa vai apenas até as
meia-noite e a partir daí acontece algo bastante interessante: as luzes da
boate são acesas e a música para no meio, além dos seguranças e funcionários da
boate mandarem todos para casa, descansar para o dia seguinte trabalharem.
Picnic em Dee Why
Distante cerca
de 5 (cinco) minutos de Manly, chegamos
na mais brasileira das praias de Sydney, que é Dee Why. Localizada na região Nordeste da cidade, conhecida por Northern Beaches, tem se tornado uma das
áreas mais desenvolvidas desta região. Com um complexo de restaurantes
(inclusive brasileiros), lojas, bancos e supermercados, a praia de Dee Why é de tirar o fôlego pelo seu mar
maravilhoso e sua paisagem cercada de montanhas. Para os amantes do surf, a
área é perfeita para a prática do esporte, inclusive com alguns campeonatos
locais e internacionais. Apesar de não ser amador ainda na área, arrisquei
pegar algumas ondas, que exigiram bastante condicionamento físico, uma vez que
as ondas são numa sequencia muito rápida. Uma curiosidade é termo hotel, que nem sempre significa o que
parece. Num primeiro momento, parece o tradicional local de descanso dos
turistas, não é? Em Sydney, isso pode ser completamente diferente, com a
simples existência de um PUB. Por
fim, reúna seus amigos e família e desfrutem de um Picnic nas diversas mesinhas que existem na frente da praia. No meu
caso, a minha irmã providenciou tudo e foi fantástico.
Não poderia deixar de
falar um pouco sobre o Parque Olímpico de Sydney, que era uma área abandonada
da cidade, no subúrbio de Sydney e acabou sendo a sede dos Jogos Olímpicos do
ano 2000. Apesar de feita apenas com este objetivo, a cidade olímpica ainda é
palco de diversos eventos culturais, esportivos, inclusive com shows bandas de
renome internacional. Outros eventos locais, como o Sydney Royal Easter Show, o Sydney Festival e o Big Day Out acontecem nesta área. Por fim, a área é servida por metrô e os famosos monorais do Parque, além de
também servido por ferryboat, que
realiza o translado para as várias Baías de Sydney.
Na próxima
postagem falarei um pouco sobre o Featherdale
Wildlife Park,Blue Mountains,
NewCastle e Hunter Valley (o vale
dos vinhedos australiano), para encerrar esta aventura na Austrália. Enquanto
isto, vocês poderão degustar um pouco de tudo isto, nos vídeos disponíveis no
meu canal do YouTube.
Como de costume, sempre procuro colocar as dicas acompanhadas de vídeos. Neles, mostro um pouco mais e de forma interativa esses lugares fantásticos. Com Sydney não foi diferente e existem dois vídeos disponíveis no meu canal do Youtube. Basta acessar meu canal em www.youtube.com/ticoso, ou clicar nos vídeos abaixo, que estão dividido em duas partes: Primeira parte: